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De Caxias para a Barra: unidades do Feirão de Malhas têm perfis diferentes

Não são só os mais de 45 quilômetros que marcam a distância entre o Feirão de Malhas de Duque de Caxias, polo de moda que funciona desde 1994 na Baixada Fluminense, e a nova unidade, inaugurada há cerca de um mês na Barra da Tijuca. Com poucas marcas que se repetem, os dois têm menos similaridades do que diferenças, que passam até pelo horário de funcionamento e pela existência ou não de provadores nas lojas (muito mais comuns no novo endereço). Os fatores impactam também nas intenções do público.

Em Duque de Caxias, é regra vender por atacado — isso é o que 60% das clientes buscam na loja Shekinah Joias, como Jordana Bittar, de 30 anos.

— Revendo cerca de 200 peças e ganho R$ 3 mil, em um mês bom. Só compro os produtos aqui e prefiro os mais baratinhos. Prefiro ganhar na quantidade do que na margem de lucro — conta ela, que mora na comunidade da Árvore Seca, no Méier: — Ouvi falar sobre o feirão da Barra, mas não fui. Acho que os itens devem ser mais caros.

Segundo a gerência da loja, os preços não mudam de uma unidade para a outra. Mas na Barra da Tijuca, o público é mais do entorno, e as vendas são quase integralmente feitas para o consumidor final, como a fisioterapeuta Cristiane Rodrigues, de 43 anos.

Cristiane Rodrigues e a filha Luiza conheceram a unidade da Barra na última quarta-feira
Cristiane Rodrigues e a filha Luiza conheceram a unidade da Barra na última quarta-feira Foto: Ana Clara Veloso

— Eu moro aqui na Barra mesmo. Estava passando e resolvi conhecer. Comprei material escolar para a minha filha (Luiza, de 9 anos). E pelo que vi das lojas de roupas, os preços não parecem de feirão — avalia ela.

Já a loja Bella Rosa, focada em bolsas e outros acessórios, admite que precisa reajustar seus preços, para garantir o fechamento das contas na unidade da Barra.

— Nossas despesas de aluguel, taxa de marketing e carga tributária são maiores, além da necessidade de termos mais duas funcionárias, por conta do horário de funcionamento estendido. Os produtos, então, ficam de 20% a 30% mais caros. Senão, eu trabalho no negativo. Ainda assim vende, porque uma bolsa que na minha loja sai por R$ 119 é vendida em shopping da Barra por R$ 280. Igualzinha — conta o dono Alex Quaglioni, de 41 anos.

Perfis de lojas são diferentes

Para a gerente da loja Maria Violeta na Barra, Patrícia Melo, foi um erro misturar características de dois tipos diferentes de negócio na nova unidade: shopping e feirão.

— Em Caxias, o feirão funciona três vezes por semana e ocorre um boom de revendedores. Aqui, cumprimos horário de shopping, de segunda a segunda. Mas sem opções de lazer, acho que não tem motivo para abrir domingo ou qualquer dia após as 20h. Já tive dois domingos de vendas zeradas. Além disso, quem vem à procura de preço se decepciona, porque as demais lojas têm um perfil diferente — afirma.

Alexandre Avilez, sócio da Peahi, a esposa Anna Paula Martins e a filha Marianna
Alexandre Avilez, sócio da Peahi, a esposa Anna Paula Martins e a filha Marianna

Uma das marcas que está apenas na Barra da Tijuca é a Peahi, de moda feminina. O sócio Alexandre Avilez Santos a intitula como a “loja que mais vende” no endereço.

— Atendemos um público de classes A e B, porque este consumidor final conhece bons tecidos e boas costuras. A nossa intenção não é concorrer com o perfil de marcas do feirão de Caxias. Mas os produtos são mais baratos do que nas lojas tradicionais que vendem roupas como as nossas — explica Alexandre.

Sócio e diretor de Marketing do Feirão de Malhas, Gustavo Bortolozo confirma que o perfil da unidade recente foi adaptado para a área.

A procura (no Feirão de Malhas da Barra da Tijuca) tem sido maior do público de varejo. Mas acreditamos que, após um período de trabalho, conseguiremos atrair também o público atacadista, que é a maior parcela em Caxias. A unidade Barra foi iniciada com o intuito de atender o público atacadista e varejista da região, que tem dificuldade para ir a Caxias. E (o perfil) foi adaptado para a área.

Raios-X de cada unidade

Funcionamento – O feirão de Duque de Caxias funciona às quartas, sextas e sábados, das 9h às 18h. Informações: 3780-9127. Já na Barra da Tijuca, o funcionamento é de segunda a sábado, das 10h às 22h, e nos domingos e feriados, das 15h às 21h.

Atacado – Todas as lojas de Duque de Caxias vendem por atacado, mas isso não ocorre em toda a unidade da Barra. Nos dois endereços, as regras variam de acordo com cada loja. A Maria Violeta, por exemplo, tem preços promocionais em todos os seus itens para quem comprar, no mínimo, 20 peças. A Shekinah Joias, por outro lado, oferece desconto para clientes que gastem acima de R$ 150. Para economizar, sempre pergunte por todas as alternativas para compra, pagamento e entrega.

Lojas – Em Caxias, são 655 lojas do segmento de moda. Para ver a lista completa das marcas e suas localizações, acesse o site http://feiraodemalhas.com/lojas/. Já a unidade da Barra conta com 151 lojas e praça de alimentação. Os dados completos estão no endereço virtual http://feiraodemalhasbarra.com/lojas/.

Endereços – A unidade da Baixada Fluminense fica na Rodovia Washington Luís 6.720, em Jardim Gramacho, Duque de Caxias. Na Zona Oeste do Rio, o endereço é Avenida Ayrton Senna 2.541, Barra da Tijuca.

Não são só os mais de 45 quilômetros que marcam a distância entre o Feirão de Malhas de Duque de Caxias, polo de moda que funciona desde 1994 na Baixada Fluminense, e a nova unidade, inaugurada há cerca de um mês na Barra da Tijuca. Com poucas marcas que se repetem, os dois têm menos similaridades do que diferenças, que passam até pelo horário de funcionamento e pela existência ou não de provadores nas lojas (muito mais comuns no novo endereço). Os fatores impactam também nas intenções do público.

Em Duque de Caxias, é regra vender por atacado — isso é o que 60% das clientes buscam na loja Shekinah Joias, como Jordana Bittar, de 30 anos.

— Revendo cerca de 200 peças e ganho R$ 3 mil, em um mês bom. Só compro os produtos aqui e prefiro os mais baratinhos. Prefiro ganhar na quantidade do que na margem de lucro — conta ela, que mora na comunidade da Árvore Seca, no Méier: — Ouvi falar sobre o feirão da Barra, mas não fui. Acho que os itens devem ser mais caros.

Segundo a gerência da loja, os preços não mudam de uma unidade para a outra. Mas na Barra da Tijuca, o público é mais do entorno, e as vendas são quase integralmente feitas para o consumidor final, como a fisioterapeuta Cristiane Rodrigues, de 43 anos.

Cristiane Rodrigues e a filha Luiza conheceram a unidade da Barra na última quarta-feira
Cristiane Rodrigues e a filha Luiza conheceram a unidade da Barra na última quarta-feira Foto: Ana Clara Veloso

— Eu moro aqui na Barra mesmo. Estava passando e resolvi conhecer. Comprei material escolar para a minha filha (Luiza, de 9 anos). E pelo que vi das lojas de roupas, os preços não parecem de feirão — avalia ela.

Já a loja Bella Rosa, focada em bolsas e outros acessórios, admite que precisa reajustar seus preços, para garantir o fechamento das contas na unidade da Barra.

— Nossas despesas de aluguel, taxa de marketing e carga tributária são maiores, além da necessidade de termos mais duas funcionárias, por conta do horário de funcionamento estendido. Os produtos, então, ficam de 20% a 30% mais caros. Senão, eu trabalho no negativo. Ainda assim vende, porque uma bolsa que na minha loja sai por R$ 119 é vendida em shopping da Barra por R$ 280. Igualzinha — conta o dono Alex Quaglioni, de 41 anos.

Perfis de lojas são diferentes

Para a gerente da loja Maria Violeta na Barra, Patrícia Melo, foi um erro misturar características de dois tipos diferentes de negócio na nova unidade: shopping e feirão.

— Em Caxias, o feirão funciona três vezes por semana e ocorre um boom de revendedores. Aqui, cumprimos horário de shopping, de segunda a segunda. Mas sem opções de lazer, acho que não tem motivo para abrir domingo ou qualquer dia após as 20h. Já tive dois domingos de vendas zeradas. Além disso, quem vem à procura de preço se decepciona, porque as demais lojas têm um perfil diferente — afirma.

Alexandre Avilez, sócio da Peahi, a esposa Anna Paula Martins e a filha Marianna
Alexandre Avilez, sócio da Peahi, a esposa Anna Paula Martins e a filha Marianna

Uma das marcas que está apenas na Barra da Tijuca é a Peahi, de moda feminina. O sócio Alexandre Avilez Santos a intitula como a “loja que mais vende” no endereço.

— Atendemos um público de classes A e B, porque este consumidor final conhece bons tecidos e boas costuras. A nossa intenção não é concorrer com o perfil de marcas do feirão de Caxias. Mas os produtos são mais baratos do que nas lojas tradicionais que vendem roupas como as nossas — explica Alexandre.

Sócio e diretor de Marketing do Feirão de Malhas, Gustavo Bortolozo confirma que o perfil da unidade recente foi adaptado para a área.

A procura (no Feirão de Malhas da Barra da Tijuca) tem sido maior do público de varejo. Mas acreditamos que, após um período de trabalho, conseguiremos atrair também o público atacadista, que é a maior parcela em Caxias. A unidade Barra foi iniciada com o intuito de atender o público atacadista e varejista da região, que tem dificuldade para ir a Caxias. E (o perfil) foi adaptado para a área.

Raios-X de cada unidade

Funcionamento – O feirão de Duque de Caxias funciona às quartas, sextas e sábados, das 9h às 18h. Informações: 3780-9127. Já na Barra da Tijuca, o funcionamento é de segunda a sábado, das 10h às 22h, e nos domingos e feriados, das 15h às 21h.

Atacado – Todas as lojas de Duque de Caxias vendem por atacado, mas isso não ocorre em toda a unidade da Barra. Nos dois endereços, as regras variam de acordo com cada loja. A Maria Violeta, por exemplo, tem preços promocionais em todos os seus itens para quem comprar, no mínimo, 20 peças. A Shekinah Joias, por outro lado, oferece desconto para clientes que gastem acima de R$ 150. Para economizar, sempre pergunte por todas as alternativas para compra, pagamento e entrega.

Lojas – Em Caxias, são 655 lojas do segmento de moda. Para ver a lista completa das marcas e suas localizações, acesse o site http://feiraodemalhas.com/lojas/. Já a unidade da Barra conta com 151 lojas e praça de alimentação. Os dados completos estão no endereço virtual http://feiraodemalhasbarra.com/lojas/.

Endereços – A unidade da Baixada Fluminense fica na Rodovia Washington Luís 6.720, em Jardim Gramacho, Duque de Caxias. Na Zona Oeste do Rio, o endereço é Avenida Ayrton Senna 2.541, Barra da Tijuca.

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