Na correria do dia a dia, somos muitas vezes levados a buscar soluções rápidas para os desafios e dificuldades que enfrentamos. Abrimos o coração para tantas coisas: trabalhos extenuantes, relacionamentos frágeis, prazeres passageiros. Porém, quantas dessas escolhas realmente nos trazem alegria verdadeira? Com frequência, essas mesmas portas que escancaramos acabam nos ferindo, trazendo infelicidade e decepções.
Jesus, no entanto, se apresenta de maneira diferente. Em Apocalipse 3,20, Ele nos diz: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo.” O Rei do Universo, que tem o poder de fazer todas as coisas, escolhe esperar pacientemente do lado de fora da nossa vida. Ele não força a entrada, mas respeita nossa liberdade de abrir ou não.
Essa imagem de Jesus batendo à porta é profundamente simbólica. Ele não invade nossa vida, mas nos convida a uma experiência de amor e intimidade. Quando abrimos a porta do nosso coração para Ele, encontramos não apenas consolo, mas uma paz que o mundo jamais poderá oferecer.
No entanto, como é difícil abrir essa porta! Somos, muitas vezes, como a igreja de Laodiceia, descrita no capítulo 3 do Apocalipse: mornos na fé, iludidos por aparências de bem-estar, mas na verdade pobres, cegos e nus. Preferimos nos apegar a falsas seguranças, mesmo quando elas nos fazem sofrer. E Jesus continua ali, batendo, esperando que deixemos de lado essas ilusões para acolher o amor que nos transforma.
Ao celebrarmos o Domingo de Cristo Rei, somos convidados a reconhecer que esse Jesus, que espera pacientemente à porta, é o Senhor do Universo, o Rei que governa com justiça e amor. Ele reina de maneira diferente dos reis deste mundo: não pela força ou pela opressão, mas pela entrega total, manifestada na cruz.
Jesus nos lembra que o seu reino não é deste mundo (João 18,36). É um reino de paz, de justiça e de verdade, que começa no íntimo de cada coração que se abre a Ele. Celebrar o Cristo Rei é também um convite a nos deixarmos conduzir por Ele, a entregarmos nosso coração, nossa vida e nossos sonhos ao Rei dos Reis.
Diante das dificuldades e dos problemas, temos a liberdade de escolher. Podemos continuar batendo de porta em porta em busca de algo que nos satisfaça, ou podemos abrir de uma vez por todas a porta para Aquele que nos oferece a verdadeira felicidade.
Que neste domingo de Cristo Rei possamos refletir sobre quem ocupa o trono do nosso coração. Que sejamos capazes de dizer: “Vem, Senhor Jesus, reina em mim.” E, ao fazermos isso, experimentaremos a alegria e a plenitude que somente Ele pode nos dar.
Jesus está à porta. Você vai abrir?
