A quarta-feira (18) parecia ser só mais um dia normal na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) — até que virou um ringue político. Os deputados Rosenverg Reis (MDB) e Professor Josemar (PSOL) protagonizaram um barraco digno de novela das 9, com direito a dedo na cara, empurra-empurra e a clássica suspensão da sessão pela presidente interina, Tia Ju (Republicanos), que teve que dar uma de professora do maternal: “Cada um pro seu canto!”
Tudo começou por causa de uma promessa que não saiu do papel: a tão falada redução das tarifas de metrô e trem. Spoiler: continua tudo caro. Rosenverg, defensor do secretário de Transportes (e irmão dele, vale lembrar), quis mostrar serviço e disse que o governo estava propondo a tarifa a R$ 4,70. Josemar, que não deixa passar uma, retrucou: “Que tarifa? Aqui no mundo real tá R$ 7,90!”
A coisa esquentou de vez quando, segundo testemunhas, Rosenverg chamou Josemar de “palhaço” e ainda mandou a clássica “você não trabalha”. A partir daí, faltou pouco pra virar UFC. Outros deputados se meteram no meio para separar os dois, e o som foi cortado — mas a TV Alerj seguiu transmitindo as imagens do caos, para alegria de quem adora um babado político ao vivo.
E o povo? Continua no sufoco…
No fundo (bem no fundo mesmo), o motivo da treta é sério: a tarifa dos transportes. Em abril, durante uma audiência pública, Josemar defendeu que a passagem caísse para R$ 5,80, com base em dados apresentados ao TCE. O secretário Washington Reis, por sua vez, anunciou que ia baixar tudo pra R$ 4,70. Mas o governador Cláudio Castro não curtiu a ideia e puxou o freio de mão: disse que não tinha dinheiro pra isso. Resultado? Nada de redução. Pior: a passagem ainda subiu.
Enquanto isso, o povo continua se apertando pra pagar R$ 7,90 num serviço que, convenhamos, nem sempre vale tudo isso. Mas na Alerj, pelo menos, o entretenimento é de graça — e com emoção garantida.
Resumo da ópera: a tarifa não baixou, a sessão acabou suspensa, e os deputados… bem, esses quase foram parar no telecatch.