Relatório divulgado neste domingo (14) pelo Unicef e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que o Brasil saiu da lista dos 20 países com mais crianças não vacinadas do mundo, após aumentar a vacinação entre 2021 e 2023.
O número de crianças brasileiras que não receberam a primeira dose da DTP (difteria, tétano e coqueluche) caiu de 687 mil em 2021 para 103 mil em 2023. Além disso, o número de crianças que não receberam a terceira dose da DTP caiu de 846 mil em 2021 para 257 mil em 2023. Em 2021, o Brasil ocupava o 7º lugar no ranking de 20 países, mas deixou essa relação no ano passado.
Luciana Phebo, chefe de Saúde do Unicef no Brasil, destacou a importância de continuar avançando com a rápida imunização das crianças, especialmente as mais vulneráveis. “Esses esforços devem ultrapassar os muros das unidades básicas de saúde e alcançar outros espaços em que crianças e famílias, muitas em situação de vulnerabilidade, estão – incluindo escolas, CRAS e outros espaços e equipamentos públicos”, afirmou.
Resultados Globais
Enquanto o Brasil conseguiu melhorar seus índices de vacinação infantil, o cenário global foi diferente. O número de crianças não vacinadas no mundo aumentou no último ano. Em comparação com os níveis de 2019, a cobertura global resultou em 2,7 milhões a mais de crianças com imunização incompleta ou sem imunização em 2023.
O percentual de crianças que receberam três doses da DTP no ano passado estagnou em 84%, representando 108 milhões de crianças. No entanto, o número de crianças que não receberam uma única dose da vacina aumentou em 600 mil, chegando a 14,5 milhões em 2023.
Mais da metade das crianças não vacinadas vive em 31 países com cenários frágeis, afetados por conflitos e vulnerabilidades, onde as crianças são especialmente suscetíveis a doenças devido à falta de acesso à segurança, nutrição e serviços de saúde.
O levantamento foi realizado com dados de 185 países sobre tendências de imunização contra 14 doenças administradas em clínicas, centros comunitários, serviços de extensão ou visitas de trabalhadores de saúde.