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China exige que Dalai Lama “Corrija Completamente” suas opiniões políticas

O Ministério das Relações Exteriores da China declarou nesta quinta-feira (20) que o Dalai Lama, líder espiritual exilado, deve “corrigir completamente” suas opiniões políticas como pré-condição para retomar o contato com o governo chinês.

Diálogo Paralisado desde 2010

A China e o Dalai Lama, que fugiu para a Índia em 1959 após uma revolta tibetana fracassada contra o domínio chinês, não mantêm diálogo formal desde 2010. “Nossa política tem sido consistente e clara”, afirmou Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, em uma coletiva de imprensa. “A chave é que o 14º Dalai Lama deve fundamentalmente refletir e corrigir completamente suas opiniões políticas.”

Reação a Interações Internacionais

O Dalai Lama, de 88 anos, é visto por Pequim como um perigoso separatista, embora ele tenha afirmado repetidamente que não busca a independência do Tibete. Mesmo assim, a China reage negativamente a qualquer interação dele com autoridades estrangeiras, incluindo ex-presidentes dos Estados Unidos.

Pressão dos EUA

Atualmente, parlamentares norte-americanos estão pressionando o presidente Joe Biden a assinar um projeto de lei que visa garantir um acordo negociado e pacífico sobre o Tibete. Esse grupo de parlamentares, que se encontrou com o Dalai Lama na Índia na quarta-feira, afirmou que não permitirá que a China influencie a escolha de seu sucessor. “Pedimos aos Estados Unidos que reconheçam plenamente a importância e a sensibilidade das questões relacionadas ao Tibete e respeitem sinceramente os interesses centrais da China”, acrescentou Lin.

Reconhecimento e Controvérsia

Embora Washington reconheça oficialmente o Tibete como parte da China, o projeto de lei proposto pelos parlamentares americanos parece desafiar essa posição, segundo analistas. A situação destaca a complexidade e a tensão contínua nas relações sino-americanas, especialmente no que se refere à questão tibetana e à figura do Dalai Lama.

A insistência da China em que o Dalai Lama altere suas opiniões políticas como condição para qualquer negociação sublinha a inflexibilidade de Pequim em questões de soberania e controle regional, mantendo o impasse no diálogo sobre o futuro do Tibete.

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