Polícia do Rio apreende bebidas suspeitas na capital e na Baixada Fluminense

Agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) apreenderam, neste sábado (4), centenas de garrafas de bebidas com indícios de irregularidades em diferentes pontos do Rio de Janeiro e da Baixada Fluminense. A operação faz parte das ações intensificadas de fiscalização após os recentes casos de intoxicação por metanol registrados em diversos estados.

Durante a ação, uma pessoa foi presa por vender bebidas alcoólicas fora do prazo de validade, e outras oito foram levadas à sede da delegacia para prestar esclarecimentos. Ao todo, mais de 50 endereços — entre bares, distribuidoras e residências — foram vistoriados nos últimos dias, resultando em 14 conduções para delegacias e milhares de garrafas apreendidas. Parte do material apresentava sinais de adulteração, validade vencida ou condições inadequadas de armazenamento.

A primeira notificação de caso suspeito de intoxicação no estado foi registrada em Niterói, na Região Metropolitana, também no sábado (4). A Secretaria Estadual de Saúde informou que aguarda o resultado de exames laboratoriais e instalou, desde sexta-feira, uma Sala de Situação para monitorar possíveis novos casos.

A DRCPIM reforçou que as ações de fiscalização continuarão nos próximos dias, com foco na identificação de produtos falsificados ou impróprios para consumo.

Risco grave à saúde

A intoxicação por metanol é considerada uma emergência médica de alta gravidade. A substância, quando ingerida, é transformada pelo organismo em compostos altamente tóxicos, como formaldeído e ácido fórmico, que podem causar cegueira ou levar à morte.

Entre os principais sintomas estão visão turva, perda de visão, náuseas, vômitos, dores abdominais e sudorese intensa. Diante de qualquer sinal, a recomendação é buscar atendimento médico imediato e acionar um dos seguintes serviços:

  • Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001
  • Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733
  • CIATox local, disponível em diversas capitais e regiões

As autoridades também orientam que pessoas que tenham consumido a mesma bebida procurem atendimento médico preventivo. O atraso na busca por socorro pode aumentar significativamente o risco de morte.

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