última estação: futuro da operação dos trens do Rio segue indefinido

O prazo estabelecido para a transição da operação dos trens no Rio de Janeiro chegou ao fim, mas a definição sobre quem assumirá o serviço continua sem resposta. O acordo firmado entre o governo estadual e a SuperVia, assinado em novembro de 2024, previa que em até nove meses o sistema passaria para uma nova empresa ou, em caráter emergencial, seria gerido pelo próprio Estado.

Na prática, porém, a SuperVia segue responsável pelo transporte ferroviário, mesmo após o término do contrato. Questionada, a concessionária não esclareceu sua permanência e direcionou as dúvidas à Secretaria de Transportes e Mobilidade Urbana (Setram).

Em nota, a Setram afirmou que o grupo de trabalho montado para conduzir a transição ainda está finalizando os documentos que vão embasar a licitação da nova operadora. Segundo a pasta, “os trabalhos estão na fase de estruturação das diretrizes técnicas, contratuais e regulatórias”, com foco na segurança, na continuidade do serviço e na viabilidade econômica da futura operação.

O governo informou também que já destinou R$ 160 milhões ao sistema nos últimos meses, parte dos R$ 300 milhões prometidos para manter o serviço em funcionamento e realizar melhorias.

A definição do próximo operador é tratada como prioridade pela secretária de Transportes, Priscila Sakalem, que assumiu a pasta após a saída de Washington Reis (MDB). A malha ferroviária do Rio soma 270 quilômetros e atende 11 municípios, sendo vital para a mobilidade de milhares de passageiros todos os dias.

Enquanto a decisão não é anunciada, usuários convivem com a incerteza sobre o futuro do transporte ferroviário no estado.

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