Magé: Festividades superficiais e realidade oculta no Dia do Trabalhador

A Prefeitura de Magé pode até celebrar o Dia do Trabalhador com festividades e música, mas os números frios revelam uma realidade bem diferente para os cidadãos. Enquanto Alceu Valença anima a cidade, os dados do IBGE mostram que apenas 12,92% da população está ocupada. Isso é preocupante, especialmente quando olhamos para os números de admissões e desligamentos, que resultam em um saldo positivo de apenas 281 novos trabalhadores, uma queda significativa em relação ao ano anterior, quando foram registrados 6008 novos empregos.

O fato de Magé ser o 8º município mais populoso da região metropolitana do Rio de Janeiro deveria ser acompanhado por um cenário econômico mais robusto. No entanto, os dados mostram que a cidade não está conseguindo atrair empresas para gerar empregos. A dependência da administração pública para sustentar parte significativa do PIB local é um sinal preocupante de falta de diversificação econômica.

Além disso, é alarmante observar que nos últimos cinco anos houve uma diminuição de 3,5% na população da cidade. Isso sugere problemas estruturais que precisam ser abordados com urgência, especialmente quando se trata de criar oportunidades de emprego e retenção de moradores.

Embora haja 16,9 mil empregos com carteira assinada na cidade, a maioria desses trabalhadores está em ocupações de baixa remuneração, como assistente administrativo, faxineiro e técnico de obras civis. A remuneração média de R$ 1,9 mil está muito abaixo da média estadual, o que indica uma lacuna significativa em termos de qualidade de vida para os trabalhadores Mageenses.

Em resumo, enquanto a Prefeitura celebra superficialmente o Dia do Trabalhador, os dados revelam uma realidade muito menos festiva para os habitantes de Magé. É essencial que medidas concretas sejam tomadas para promover o crescimento econômico, atrair investimentos e melhorar as condições de trabalho e renda para todos os cidadãos.

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