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Família Peres e família Brazão, grandes aliados e parceiros

No dia, 24 de março, a Polícia Federal efetuou a prisão de Domingos e João Francisco Inácio Brazão, juntamente com o ex-chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, sob a acusação de serem os mandantes do brutal assassinato de Marielle Franco. Esta ação trouxe à tona não apenas a complexidade do caso, mas também uma investigação mais profunda sobre quem são esses suspeitos.

Expansão eleitoral em todo Estado

Em Saquarema, por exemplo, Chiquinho Brazão expandiu seu curral eleitoral, construiu pontes e fez grandes alianças com a gestão Peres. Ao lado do casal que administra a rica cidade da região dos Lagos, Manoela e Antônio Peres, são grandes apoiadores da família Brazão que conquistou milhares de votos pela cidade nos períodos eleitorais.

Domingos Brazão: Um Histórico Político Sombrio

Domingos Inácio Brazão, um nome conhecido na política carioca, foi preso no domingo em questão, mas sua trajetória é marcada por controvérsias e suspeitas. Antes de ingressar na esfera pública, Brazão trabalhou como assessor parlamentar na Câmara dos Vereadores do Rio na década de 1990.

Ele entrou para a política em 1996, garantindo uma cadeira na Câmara de Vereadores do Rio, seguida por cinco mandatos consecutivos na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), de 1999 a 2015. Durante seu tempo na Alerj, enfrentou acusações de abuso de poder econômico e compra de votos, além de ter sido afastado temporariamente por denúncias semelhantes.

Chiquinho: Uma Vida Política Sob Sombra

João Francisco Inácio Brazão, conhecido por Chiquinho Brazão, irmão de Domingos, também está sob os holofotes da investigação. Como empresário e político, Chiquinho teve uma carreira marcada por sua passagem na Câmara Municipal do Rio e na Câmara dos Deputados. Apesar de não ter sido diretamente implicado no caso Marielle, sua conexão familiar com Domingos levanta questões sobre seu conhecimento ou envolvimento no crime.

Casos como o de Marielle ainda precisam de respostas: Quem mandou matar Daniel Barroso?

Em junho 2018, o assessor de comunicação da Prefeita de Saquarema, Manuela Peres, Daniel Barroso do Amaral, 33, foi assassinado com um tiro na cabeça na Avenida Cruzeiro do Sul, no bairro Itaúna, em Saquarema. 

O corpo de Daniel foi encontrado pela polícia caído entre o meio fio de uma calçada e o veículo que estava com a chave na ignição e o pisca alerta ligado. Até hoje a morte de Daniel ainda é um mistério, passados 6 anos o inquérito aberto em 2018 pela Delegacia de Homicídios de São Gonçalo, encontra-se parado e sem solução.

De acordo com o inquérito, 12401610/2018-02, a delegacia de Araruama encontrou dificuldades para resolver o caso. “Não pode ser descartada a participação no crime de pessoas influentes no Municipio de Saquarema, o que pode estar impedindo o acesso a informações que levariam a autoria do Homicídio.” 

O longo e demorado desfecho sobre o assassinato de Marielle e Anderson Gomes ainda requer respostas, e que o exemplo deste caso sirva que força e ânimo para que as autoridades busquem respostas para outros diversos crimes políticos que aconteceram no estado e estão até hoje sem solução, como o caso Daniel Barbosa, em um áudio enviado por WathsApp, ele falava sobre o medo de morrer. No áudio ele revela ainda que havia discutido dias antes com a prefeita Manoela Peres.

Lobo em pele de cordeiro

Participação do Delegado Rivaldo Barbosa no crime é um ‘tapa na cara’ e traz um sentimento ‘surpreendente’, ao saber que Barbosa era o chefe da Polícia Civil no momento do assassinato e teria, prometido rigor e  impunidade aos mandantes do crime.

A investigação, porém, revelou que ele atuou junto com os supostos mandantes – Domingos e Chiquinho Brazão – para impedir que o caso fosse solucionado.

Para a PF, Barbosa, apesar de não ser um idealizador do assassinato, foi o autor do delito.

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