Hezbollah na Trégua: Rumores de Cessar-fogo com Israel Agitam a Região

O Hezbollah, grupo considerado fundamentalista e tido como uma organização terrorista por várias nações, agora está nos holofotes devido à possível adesão a uma trégua de quatro dias com Israel. Reportagens na imprensa libanesa e na rede qatari Al Jazeera sugerem que o Hezbollah se juntará ao Hamas nesse período de cessar-fogo, a partir de quinta-feira (23).

Este grupo, que exerce influência significativa no sul do Líbano, havia inicialmente adotado uma postura contida no conflito, desencadeado pelos aliados palestinos com o ataque terrorista de 7 de outubro. Iniciaram uma campanha de atrito com as forças israelenses na faixa fronteiriça entre os dois países. Os bombardeios mútuos são uma ocorrência diária, resultando na perda de 70 combatentes do Hezbollah, 13 civis libaneses, 7 soldados e 3 civis israelenses.

Na quarta-feira (22), Israel realizou novos ataques aéreos contra as posições do grupo. A entrada total do Hezbollah no conflito era um dos maiores temores estratégicos de Tel Aviv, pois o Hezbollah é considerado mais capaz do que o Hamas.

Entretanto, essa entrada massiva não se concretizou por diversos motivos. Primeiramente, os Estados Unidos ameaçaram intervir contra os libaneses, mobilizando seu grupo de porta-aviões no Mediterrâneo. Além disso, o Líbano enfrenta dificuldades econômicas, e o Hezbollah desempenha um papel político crucial no país.

Outro fator a considerar é o Irã, o patrono tanto do Hezbollah quanto do Hamas. O Irã, aparentemente, não tem interesse em uma escalada regional que envolva americanos e israelenses. Dessa forma, a agressividade do conflito, até agora, tem se limitado mais às escaramuças de fronteira e aos discursos inflamados.

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