O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está programado para se envolver “diretamente” nas campanhas municipais do PT em 2024, mas o senador Humberto Costa (PT-PE), coordenador do grupo de trabalho eleitoral do partido, alerta para possíveis desafios nesse processo.
Humberto Costa destaca que em locais onde a polarização é clara entre a extrema-direita e forças de centro e centro-esquerda, Lula estará presente. No entanto, em outros lugares, a situação é um “campo minado”. A estratégia do partido envolve uma reunião com o presidente para discutir seu papel nas campanhas, possivelmente em dezembro ou no início do próximo ano.
O senador menciona Salvador como um exemplo, destacando a importância da unidade para a participação direta de Lula. A meta geral do partido é superar os resultados de 2020 nas eleições municipais.
Quanto às capitais, o PT planeja ter entre 12 e 13 candidatos a prefeito, dependendo das negociações com legendas aliadas. Em São Paulo, a parceria com Guilherme Boulos (PSOL) é evidente, enquanto em Porto Alegre, Rio de Janeiro, e Belo Horizonte, o cenário ainda está em discussão. Humberto Costa enfatiza a importância da unidade e do diálogo com outros partidos de centro-esquerda.
O senador também comenta sobre a recente Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita decisões monocráticas do STF, aprovada no Senado. Ele vê isso como uma demonstração de força do bolsonarismo na Casa, alertando sobre a necessidade de evitar prolongar conflitos desnecessários criados ao longo do governo anterior.
