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Irã ameaça superar limite de reservas de urânio fixado em acordo

O Irã anunciou que vai aumentar o seu estoque de urânio enriquecido para além do que havia sido firmado no acordo nuclear de 2015. O país não vai mais estabelecer um limite para o volume do material que produz.

O anúncio foi feito pela organização de energia atômica iraniana.

O porta-voz da entidade, Behrouz Kamalvandi, disse que em dez dias, na data de 27 de junho, a quantidade de urânio enriquecido vai ultrapassar 300 quilos, que era a quantidade máxima que, pelo acordo, eles poderiam ter.

“Hoje começou uma contagem regressiva para superar os 300 quilos de reservas de urânio enriquecido e, em 10 dias, vamos superar este limite”, disse Behruz Kamalvandi em uma entrevista coletiva.

Esse é um urânio pouco enriquecido, que pode ser usado em usinas de energia, mas não em bombas atômicas.

O passo seguinte do Irã será justamente aumentar a taxa de enriquecimento, segundo Kamalvandi. Hoje, o país respeita o limite de 3,67 %, mas o país ameaça elevar a taxa em 0,03 ponto percentual. Ainda assim, não será o suficiente para uma arma nuclear.

Medida de Trump disparou saída do acordo

No início de maio, o Irã havia anunciado que iria suspender alguns itens de seus compromissos no Plano de Ação Integral que firmou com países ocidentais sobre seu programa nuclear.

Um ano antes, o presidente Donald Trump retirou os Estados Unidos do acordo, e passou a aplicar sanções econômicas ao Irã.

O presidente dos EUA, Donald Trump, mostra sua assinatura oficializando a retirada do país do acordo nuclear com o Irã — Foto: Jonathan Ernst/Reuters

O presidente dos EUA, Donald Trump, mostra sua assinatura oficializando a retirada do país do acordo nuclear com o Irã — Foto: Jonathan Ernst/Reuters

Apesar da saída dos Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, Rússia e China permanecem no acordo.

O Irã vai ficar nos limites do acordo caso esses países não aceitem seguir as sanções econômicas que os Estados Unidos querem impor, desse Kamalvandi. Na prática, as outras nações do acordo precisarão dar acesso a sistemas financeiros internacionais e voltar a comprar petróleo do país.

VIA: G1

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