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IML identifica sete corpos e tenta evitar uso de reconhecimento por DNA

Um dos primeiros identificados, Arthur Vinicius foi enterrado neste sábado em Volta Redonda.

Sete dos dez corpos das vítimas do incêndio no alojamento das categorias de base do Flamengo, no Ninho do Urubu, haviam sido identificados até o início da noite deste sábado pelo Instituto Médico Legal (IML) do Rio. Todos os reconhecimentos foram feitos através de análises de arcadas dentárias ou das digitais dos atletas. Os legistas conseguiram identificar os corpos de Arthur Vinícius, Bernardo Pisetta, Pablo Henrique, Vitor Isaías, Gedson Santos, Áthila Paixão e Christian Esmerio.

Três corpos ainda não haviam sido reconhecidos até a noite deste sábado  – são eles Jorge Eduardo dos Santos, Rykelmo Viana e Samuel Thomas. Segundo a Polícia Civil, a identificação por DNA é considerada a última alternativa: os médicos legistas tentam evitar esse procedimento, que é mais demorado e não tem prazo certo para terminar. Outros 13 jovens conseguiram escapar das chamas sem ferimentos.

Sebastião Rodrigues, tio de Samuel Thomas, desabafava no hotel onde a direção do Flamengo hospedou os familiares das vítimas. “O corpo está tão queimado, tão queimado, que nem o IML consegue identificar”, explicou.

O corpo de Arthur Vinícius foi enterrado em Volta Redonda, no Rio. O zagueiro Pablo Henrique, de 14 anos e primo de Werley, também defensor que joga no Vasco, foi o primeiro a ser retirado dos escombros na madrugada de sábado. O garoto foi sepultado no fim da tarde de ontem na cidade de Oliveira, a 150 km de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

As famílias de Bernardo Pisetta e Vitor Isaías são de Santa Catarina e os corpos serão levados para suas respectivas cidades. Os enterros devem ocorrer neste domingo, mesma situação de Áthila Paixão, natural de Lagarto, no Sergipe, e Gedson Santos, cuja família vive em Itararé, interior de São Paulo.

sétimo corpo, reconhecido por arcada dentária, era de Christian Esmerio,  15 anos. Christian era goleiro e uma das maiores apostas da Flamengo. Monitorado por clubes do exterior, ele tinha passagens pelas categorias de base da seleção brasileira. Exibia com orgulho aos colegas uma foto tirada no fim do ano passado com Tite na Granja Comary, em Teresópolis.

Um curto-circuito em um ar condicionado pode ter sido o motivo do incêndio no contêiner onde dormiam os atletas das categorias de base do Flamengo. A defesa civil investiga as causas da tragédia que vitimou dez jovens entre 14 e 16 anos no início da manhã de sexta-feira.

O porta-voz do Corpo de Bombeiros chegou a afirmar que as instalações onde dormiam os atletas seriam como um “puxadinho” e não teriam boas condições de uso. O rubro-negro, no entanto, defendeu-se neste sábado em pronunciamento do CEO Reinaldo Belotti, afirmando que os contêineres eram “confortáveis” e que atletas do time profissional já haviam utilizado o recurso, bem como jogadores da seleção olímpica de futebol.

Em reformas ainda não-concluídas no Ninho do Urubu, o Flamengo já havia sido multado 31 vezes por irregularidades e precariedade nas suas estruturas entre outubro e dezembro de 2018 – pagou dez dessas sanções. Os aparelhos que teriam provocado o incêndio teriam passado por uma manutenção ainda na quinta-feira, um dia antes do incidente.

A reunião foi chefiada pelo presidente do clube, Rodolfo Landim, que desde sexta-feira comanda um “gabinete de crise”. Este gabinete é formado por vários grupos. Um deles, por exemplo, trabalha na assistência às famílias; outro está fazendo o inventário de toda a documentação necessária no caso.

VIA: Estadão | Foto: Fabio Motta/Estadão

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