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Governo de Theresa May sobrevive a moção de censura da oposição

Em um momento crucial para o Brexit, o Parlamento britânico votou nesta quarta-feira, 16 pela continuidade da conservadora Theresa May à frente do governo. A derrubada da moção de censura a May, apresentada pelo líder oposicionista Jeremy Corbyn, por 325 votos contra 306 votos traz a perspectiva de um novo acordo sobre o Brexit ser apresentado nos próximos dias.

A moção de censura fora pedido na terça-feira, logo depois do fracasso de May em obter a aprovação do Parlamento ao acordo que firmada com a União Europeia sobre o Brexit. Ela deverá, agora, apresentar até a próxima sexta-feira um novo acordo à Câmara dos Comuns, cujos termos poderão ser emendados pelos legisladores.

O Brexit, aprovado por um referendo em 2016, deverá se efetivar em 29 de março. Sem um acordo com os europeus aprovado pelo Parlamento britânico, a saída do Reino Unido se dará da maneira mais abrupta possível, sem flexibilidade nem mesmo sobre a delicada questão da fronteira entre a Irlanda e a britânica Irlanda do Norte.

Com a moção, Corbyn pretendia provocar a convocação de eleições gerais antecipadas para tentar se tornar o novo primeiro-ministro.

Antes da votação, May elevou o tom de suas críticas ao líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, o autor do pedido de voto de censura. Ela o chamou de “traidor” em relação a “tudo o que” o seu próprio partido defendeu historicamente. Afirmou que, caso se torne o governante britânico, Corbyn trará “calamidade” ao país.

“Este é o líder do partido de Attlee – ex-primeiro-ministro britânico, de 1945 a 1951 -, que pediu o desmantelamento da Otan. É o líder do partido de Bevan – ministro do governo de Attlee ,- que diz que o Reino Unido deveria se desarmar unilateralmente e cruzar os dedos para que outros sigam seu exemplo”, disse May.

“É o líder do partido que ajudou a chegar ao acordo de Belfast, que convidou os terroristas do IRA ao parlamento semanas depois de seus comparsas terem assassinado um membro desta casa”, acrescentou a premiê.

Por isso, a liderança de Corbyn foi “uma traição em relação a tudo o que o partido defendeu”, opinou May.

“Uma traição para a grande maioria de seus deputados e uma traição para milhões de eleitores trabalhistas decentes e patrióticos”, frisou a primeira-ministra conservadora.

Com essas declarações, May elevou o tom das réplicas para Corbyn no debate da moção de censura proposta por ele e que a Câmara dos Comuns votará hoje às 19h GMT (17h em Brasília).

O líder trabalhista decidiu iniciar esse processo para tentar liquidar o governo conservador, depois que ontem à noite May perdeu por ampla margem (230 votos) a votação em Westminster sobre o seu acordo do Brexit. (Com EFE)

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