A Agetransp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transporte Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro) vai apurar a conduta da Supervia e possível aplicação de penalidades, inclusive multa, no caso envolvendo as alterações na circulação dos trens.
Desde a noite desta terça-feira (1º), a circulação dos trens de Deodoro pararam de circular às 21h, uma hora mais cedo. Com isso, os passageiros passaram a ser atendidos pelos ramais Japeri e Santa Cruz, que não operam mais no sistema expresso.
Segundo os usuários, que organizaram um abaixo-assinado pelas redes sociais para pedir o fim da medida, o tempo do trajeto vai aumentar devido às paradas das composições.
A agência regulatória já havia suspendido as mudanças alegando que a concessionária não apresentou estudo mínimo dos impactos das mudanças na operação e qualidade do serviço prestado aos passageiros.
Ainda segundo a agência, o documento da Supervia se resumiu a quatro páginas sem anexação de dados relevantes, como número de passageiros e viagens impactadas.
O que diz a Supervia
Apesar da recomendação, a concessionária afirma que as mudanças são fruto de “estudos técnicos detalhados que comprovam benefícios aos passageiros”.
Além disso, destaca que cumpriu o protocolo da Agetransp, comunicando as alterações com 30 dias de antecedência. Confira a nota na íntegra:
A SuperVia informa que as mudanças operacionais implementadas hoje, 1º de outubro de 2019, são frutos de estudos técnicos detalhados que comprovam benefícios a milhares de passageiros.
A Concessionária avalia que a eventual intenção de suspensão das alterações pela Agetransp não levou em consideração o impacto positivo àqueles que usufruirão delas em seu dia a dia. A SuperVia discorda da forma como a Agência decidiu sobre a pretensa suspensão das mudanças, estranhas ao melhor interesse público, sob qualquer ângulo de avaliação, e desconhece qualquer embasamento técnico para a decisão, tomada em reunião a portas fechadas, sem nenhuma consulta prévia ou questionamento à concessionária, que sempre atendeu solicitações dessa natureza. A empresa só soube da decisão porque foi demandada por um programa de TV.
A SuperVia destaca que cumpriu o protocolo previsto perante a Agetransp, comunicando a decisão de promover mudanças operacionais com 30 dias de antecedência. E reafirma que jamais fez ou fará mudanças com o propósito de prejudicar seus passageiros, até porque depende deles para crescer e levar adiante o programa de melhorias do serviço.
Ressalta ainda que mudanças operacionais são frequentes no sistema ferroviário para melhor atendimento da população e nunca foram alvo de decisões rasas como a deste 25/9.
VIA: G1