Search
Close this search box.

Secretaria de Saúde investiga morte de mulher com suspeita de sarampo em Petrópolis

Secretaria de Estado deSaúde (SES) investiga se foi causada por sarampo a morte de uma mulher , de 32 anos, na última sexta-feira. Ela estava internada em um hospital de Petrópolis, na Região Serrana do Rio. A secretaria deve liberar um laudo sobre o caso até o fim desta semana.

Entre janeiro e agosto de 2019, o estado registrou 21 casos da sarampo. A quantidade já é maior do que a verificada em todo o ano passado, quando houve 20 casos da doença no estado.

De acordo com a secretaria, Duque de Caxias (5 casos), Nilópolis (2), Paraty (12) e Rio de Janeiro (2) foram algumas das cidades com registros confirmados da doença. O órgão informa ainda que, em 2018, o Rio atingiu 95% de cobertura vacinal contra o sarampo no público-alvo mais vulnerável à doença, formado por pessoas com idade entre seis meses e 49 anos.

Seguindo recomendação do Ministério da Saúde, crianças entre seis e 11 meses devem ser vacinadas – assim como pessoas com idade entre 1 e 29 anos e profissionais da área de saúde, que receberão duas doses. Pacientes com idade entre 30 e 49 anos que não tenham sido vacinados ou não tenham registro devem receber dose única.

Gestantes e pessoas imunodeprimidas não devem tomar a vacina. Já adultos com mais de 50 anos só devem se vacinar se forem se deslocar por locais com registro da doença.

Em entrevista ao telejornal Bom Dia Rio, o secretário estadual de saúde Edmar Santos comentou ainda a falta de vacina pentavalente no estado do Rio. De acordo com Santos, um problema foi detectado em um dos lotes do medicamento que, por isso, está em falta no Rio. Segundo o secretário, o fornecimento da vacina deve ser regularizado pelo Ministério da Saúde em outubro.

Sem relação com o combate ao sarampo, a Pentavalente protege contra coqueluche, difteria, hepatite B e outras doenças, é ministrada a crianças com idade entre dois meses e um ano e três meses e está em falta em todo o país desde que o Ministério da Saúde verificou em julho um problema em um dos lotes da vacina importado da Índia ( veja nota do Ministério da Saúde sobre o caso no fim do texto ).

Petrópolis reforça vacinação

A Prefeitura de Petrópolis reforça a partir desta segunda-feira a vacinação contra o sarampo na cidade. Distribuída em 15 locais da cidade serrana de segunda a sexta, a vacina passará a ser aplicada também aos sábados em unidades localizadas no centro da cidade e no distrito de Itaipava.

Os postos funcionarão de 8h às 16h30 nos dias úteis e de 9h às 14h aos sábados. A recomendação é que os interessados compareçam com seus cartões de vacinação.

“A vacina não pode ser aplicada em pessoas com alergia à proteína do leite”, afirma a prefeitura de Petrópolis. “Para esses casos, a imunização é feita com uma vacina apropriada”, complementa. “Não há contraindicação da vacina para pessoas com intolerância à lactose”, afirma o órgão.

De acordo com a prefeitura, o município de Petrópolis não tem registro de casos confirmados de sarampo desde 1997.

Confira nota completa do Ministério da Saúde sobre o problema no fornecimento da vacina pentavalente:

O Ministério da Saúde informa que os lotes mais recentes da pentavalente recebidos do laboratório Biologicals E Limeted India foram reprovados pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Visando proteger a população, o Ministério da Saúde solicitou a não distribuição e exigiu a substituição dos lotes à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Em julho, o Ministério da Saúde encaminhou mais de 400 mil doses da vacina pentavalente do laboratório Serum Índian aos estados.

Cabe reforçar que o Ministério da Saúde recebeu uma parcela dos novos lotes em agosto, que encontra-se em análise pelo INCQS. Assim que o instituto finalizar a avaliação de qualidade, as vacinas serão encaminhadas para a população. A previsão é que a distribuição da vacina pentavalente comece a ser normalizada a partir de setembro.

OUTRAS INFORMAÇÕES:

É importante deixar claro que o Brasil compra a vacina via Fundo Estratégico da Opas, uma vez que não existe laboratório produtor no país. O fundo possui fornecedores pré-qualificados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que assegura que produtos sejam consistentemente produzidos e controlados de acordo com padrões de qualidade apropriados para o uso pretendido, atendendo especificações previamente estabelecidas. Antes de serem distribuídos para a população, ainda, as vacinas passam por uma análise do INCQS.

O Ministério da Saúde repassa as doses das vacinas aos estados, que têm a responsabilidade de repassar aos seus municípios. O município é responsável pelo abastecimento das salas de vacinação.

VIA: O Globo | Por Saulo Pereira Guimarães

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Matérias

Pesquisar...