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Parque Nacional da Serra dos Órgãos tem 119 espécies de animais em risco de extinção

Recentemente, relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) mostrou diagnóstico assustador em relação ao impacto da humanidade no meio ambiente e no mundo animal. Na pesquisa feita por mais de 140 cientistas de 50 países, foi revelado que cerca de um milhão de espécies de animais e plantas corre grande risco de extinção.

Segundo o estudo, existem vários motivos que levam a essa situação, entre eles: a perda do habitat natural de cada espécie; a exploração sem limites de recursos naturais; as mudanças climáticas nas regiões mais extremas do planeta e a poluição.

Todos esses danos à natureza estão aumentando em um nível alarmante desde 1900, quando as pesquisas começaram a ser feitas. Ainda de acordo com o relatório, não é somente o meio ambiente que sofre com essas perdas, mas, também, as sociedades humanas. Se as atuais taxas continuarem a subir, haverá impedimento de 80% no não cumprimento das metas dos objetivos de desenvolvimento sustentável que se referem à pobreza, fome, água e ao clima.

Brasil

O Brasil é reconhecido pela sua exuberância natural e por possuir a maior rede fluvial do mundo, além da grande variedade de primatas e anfíbios. Mas, com isso, nós também somos um dos países com o maior número de espécies ameaçadas de extinção. Ao todo são 1.173 espécies sob risco de desaparecimento e outras 318 com sérias ameaças.

Parque Nacional Serra dos Órgãos

A região ocupada pelo Parque Nacional Serra dos Órgãos (Parnaso), na Região Serrana do Rio, é apontada pelo Ministério do Meio Ambiente como uma das cinco áreas de extrema importância para a conservação da Mata Atlântica no Brasil. Por conta disso, o Parque Nacional abriga mais de 2.800 espécies de plantas catalogadas, 462 espécies de aves, 105 de mamíferos, 103 de anfíbios e 83 de répteis, incluindo animais ameaçados de extinção.

A equipe de biólogos do parque protege 119 espécies de animais ameaçados de extinção, sendo um invertebrado terrestre, 2 peixes, 16 anfíbios, 1 réptil, 72 aves e 28 mamíferos. “A proteção é feita através da fiscalização ambiental; prevenção e combate a incêndios e análises para a mitigação de impactos de empreendimentos”, afirma o biólogo responsável pelo Parnaso, Jorge Luiz do Nascimento.

Entre os animais ameaçados protegidos pelo parque, destacam-se os primatas: o mico leão dourado, em Magé e Petrópolis; os muriquis, em Guapimirim e Teresópolis; o sagui da serra escuro, em Teresópolis e Petrópolis e o bugio, em Magé, Guapimirim e Teresópolis.

Ainda de acordo com o biólogo do parque, para dar conta da proteção dessas e de outras espécies de animais, a equipe do Parque Nacional da Serra dos órgãos organiza uma série de programas de acompanhamento. “Existe o Programa de Monitoramento da Biodiversidade, que no Parnaso trabalha monitorando a diversidade de borboletas frugívoras e espécies de médio e grande porte de aves e mamíferos. Estes monitoramentos são feitos duas vezes por ano e, em 2019, já foram concluídos no primeiro semestre”, afirma.

Muriquis, maior macaco das Américas, encontrado no Parnaso entre Guapimirim e TeresópolisMuriquis, maior macaco das Américas, encontrado no Parnaso entre Guapimirim e Teresópolis | Foto: Mônica Imbuzeiro

VIA: Portal Multiplix | Por Raphael Branco 

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