Search
Close this search box.

Suspeito de envolvimento no caso Marielle recebe atendimento por ‘crise de ansiedade’ em presídio no RJ

Alexandre Motta de Souza, o homem que foi preso com 117 fuzis M16 em sua casa, precisou de atendimento neste sábado (16) por conta de uma crise de ansiedade, informou a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).

Os fuzis que estavam na casa de Alexandre, no Méier, Zona Norte do Rio, eram de Ronnie Lessa – apontado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio como o homem que atirou contra a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes na noite do dia 14 de março de 2018.

Alexandre, Ronnie e Élcio Vieira de Queiroz – que, segundo a polícia, dirigia o carro de onde os tiros foram disparados – estão presos no Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio. Ronnie e Élcio também precisaram ser atendidos no presídio, mas, de acordo com a Seap, somente para ajuste de medicação para hipertensão.

Fuzis estavam em apartamento

Na última terça-feira (12), agentes da Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro encontraram 117 fuzis incompletos, do tipo M-16, na casa de um amigo do policial militar Ronnie Lessa no Méier, na Zona Norte do Rio.

As armas, todas novas, estavam desmontadas em caixas – só faltavam os canos. A polícia investiga se Lessa trafica armas e escondia lá o material.

Segundo o secretário de Polícia Civil, Marcos Vinícius Braga, esta é a maior apreensão de fuzis da história do Rio, superando inclusive a feita no aeroporto Internacional do Rio em 2017, enviadas por Fredereick Barbieri, conhecido como “Senhor das Armas”. Na ocasião, foram encontradas 60 armas vindas dos EUA dentro de aquecedores de piscinas.

Preso por tráfico de armas

O dono da casa, Alexandre Mota de Souza, afirmou para os policiais que Ronnie, seu amigo de infância, entregou as caixas e pediu para guardá-las e não abri-las. Alexandre acabou preso por suspeita de tráfico de armas. A polícia chegou nele rastreando um barco que seria de Ronnie, mas estaria no nome do amigo.

“Alexandre é amigo do Lessa há anos e ele fez apenas um favor em colocar essas encomendas, porque ele não sabia do que se tratava, no seu apartamento. Ele ficou surpreso ao saber do conteúdo, mas ele não tem nada a ver com esse episódio lamentável da vereadora”, disse seu advogado.

Um vídeo do momento da apreensão das armas traz a voz de Alexandre, negando ter cometido qualquer crime:

“Eu não fiz nada, esse cara me botou de bucha, cara (…) Eu não faço a menor ideia, está tudo lacrado, eu não abri, ele falou que ia vir buscar isso (…) Eu confiei nele. Acreditei nele. Foi criado com a gente, ele morava aqui do lado, desde pequeno”, diz aos policiais. “Ainda falou para mim: ‘Só não abre as caixas’.”

VIA: G1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Matérias

Pesquisar...