A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) que investiga os Casos de Feminicídio no Estado do Rio aprovou, nesta quarta-feira (13/03), o calendário de trabalho do grupo para as próximas cinco semanas. Responsável pelo juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), a juíza Adriana Melo será ouvida pela CPI na próxima quarta-feira (20/03). No mesmo dia a comissão também irá receber a representante do Instituto de Segurança Pública (ISP), delegada Adriana Mendes.
“Queremos saber do Instituto de Segurança o tamanho desse fenômeno que está sendo registrado nas estatísticas das delegacias do Rio, mesmo sabendo que esses números, ali registrados, não correspondem a verdade, porque há, sem dúvida nenhuma, muitos casos que não são caracterizados como feminicídio. Por isso, conhecer esses dados é fundamental. Do juizado queremos saber o que acontece quando esses dados chegam no judiciário”, explicou a presidente da CPI, deputada Martha Rocha (PDT).
Próximas oitivas
Nas próximas semanas, a comissão vai ouvir representantes do Ministério Público; da Defensoria Pública; da Polícia Civil; da Polícia Militar; da Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Direitos Humanos, e representantes do Fórum Nacional de Segurança Pública do Instituto Agarapé, do Instituto Sangari e da Fundação Getúlio Vargas (FGV). “Os deputados também propuseram nesta reunião que as secretarias de Saúde e Educação sejam ouvidas sobre o seu aspecto preventivo. E também a vítima de feminicídio, Elaine Caparróz, espancada no próprio apartamento no mês passado. As duas propostas foram acatadas”, afirmou a presidente da CPI.
Também estiveram presentes na reunião as deputadas Renata Souza (PSol), Rosane Félix (PSD), Enfermeira Rejane (PCdoB) e o deputado Chicão Bulhões (Novo).
VIA: Alerj | Foto: Thiago Lontra