O pastor Silas Malafaia fez duras críticas à decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes que decretou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, a medida teria sido uma estratégia para “abafar” o escândalo envolvendo o Banco Master, que se tornou alvo de uma investigação da Polícia Federal por suspeita de fraudes bilionárias.
Em publicações nas redes sociais, Malafaia afirmou que a prisão do ex-presidente seria uma tentativa de desviar a atenção pública do caso que levou à detenção do presidente do banco, Daniel Vorcaro. De acordo com as investigações, o esquema teria movimentado cerca de R$ 12 bilhões em operações fraudulentas.
O pastor também fez acusações envolvendo familiares do ministro. Segundo suas declarações, parentes de Moraes atuariam como advogados de pessoas influentes em Brasília que estariam relacionadas ao caso. Malafaia classificou o episódio como uma tentativa de “proteger interesses” e criar uma cortina de fumaça política.
Além disso, o líder religioso criticou a justificativa utilizada para a prisão. Na decisão de Moraes, foram apontados dois motivos principais: a suposta violação da tornozeleira eletrônica por Bolsonaro e a convocação de uma vigília feita pelo senador Flávio Bolsonaro em frente ao condomínio onde o ex-presidente mora. Para o ministro, a movimentação indicaria risco de fuga. Para Malafaia, porém, tratar um ato público convocado nas redes sociais como ameaça à ordem judicial seria “absurdo” e “injustificável”.
Em vídeo divulgado posteriormente, Malafaia chamou a decisão de “covardia” e reforçou que considera o processo contra Bolsonaro uma “farsa”. Ele voltou a atacar Moraes, afirmando que o ministro agiria com parcialidade em investigações que envolvem o ex-presidente.


