O prefeito de São José de Ubá, Gean Marcos (MDB), foi condenado por improbidade administrativa em um esquema de superfaturamento em contrato de locação de tratores agrícolas. A decisão, proferida pela 2ª Vara de Itaperuna, atendeu a uma ação movida pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e também atingiu os corréus Magno Vicente, Ziel Cunha da Silva e a empresa Agazê Transportes e Serviços de Ubá Ltda.
De acordo com a denúncia apresentada em 2018 pela 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Itaperuna, o contrato previa duas mil horas de serviços de roçada, aração e gradagem, mas foi marcado por fraude na licitação, medições falsas e preços inflados. O prejuízo ao erário chegou a R$ 148,5 mil, valor que deverá ser ressarcido pelos condenados.
As investigações tiveram início após alerta do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), que considerou ilegal o contrato firmado na gestão de Gean Marcos entre 2013 e 2016. O prefeito retornou ao cargo em 2025 e agora enfrenta as consequências de irregularidades cometidas em seu primeiro mandato.
A sentença, publicada nesta segunda-feira (15), entendeu que Gean Marcos homologou um procedimento viciado e autorizou despesas ilegais. Já o então secretário de Agricultura, Magno Vicente, assinou medições forjadas. A empresa e seus sócios foram apontados como beneficiários diretos do esquema.
Entre as penalidades estão a suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa civil, proibição de contratar com o poder público e ressarcimento dos cofres municipais. No caso do prefeito, os direitos políticos ficam suspensos por cinco anos. A decisão é de primeira instância e ainda cabe recurso.


