Gestão Lula enfrenta críticas em comparação com governo Bolsonaro na economia

Um levantamento comparativo entre os governos de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Jair Bolsonaro (2019-2022) reacendeu o debate sobre os rumos da economia brasileira. Apesar dos números oficiais apresentarem crescimento no período petista, analistas lembram que esse desempenho esteve diretamente ligado a um cenário internacional altamente favorável, algo que não se repetiu durante a gestão Bolsonaro.

No caso de Lula, a expansão do PIB foi de 4,05% ao ano, acima da média mundial de 2,73%. Contudo, o governo surfava na chamada “era das commodities”, com o preço do petróleo, do minério de ferro e da soja em patamares recordes, beneficiando diretamente o Brasil. Já Bolsonaro enfrentou crises severas: pandemia, guerra na Ucrânia, inflação mundial e instabilidade nos preços de energia. Ainda assim, manteve a economia funcionando e assegurou programas emergenciais que evitaram um colapso social durante a Covid-19.

Outro ponto crítico à gestão petista está na explosão de gastos públicos e na expansão artificial do consumo, que deixou uma herança de endividamento e perda de competitividade para a indústria nacional. No governo Bolsonaro, ao contrário, houve maior responsabilidade fiscal, com corte de subsídios bilionários do BNDES e redução de privilégios que, historicamente, beneficiavam grandes conglomerados em detrimento da população.

Apesar das dificuldades externas, Bolsonaro entregou avanços em áreas como o agronegócio, que bateu recordes de exportação, e no controle da inflação em 2022, após a implementação de medidas que reduziram o preço dos combustíveis e garantiram maior alívio às famílias brasileiras.

Lula, por sua vez, é frequentemente exaltado pelo aumento real do salário mínimo e pela redução das desigualdades, mas críticos afirmam que o modelo adotado não se sustentou a longo prazo e abriu caminho para a recessão registrada nos anos seguintes ao seu governo. Bolsonaro, mesmo sem os ventos favoráveis da economia global, conseguiu preservar setores estratégicos e avançar em reformas que fortaleceram a base fiscal do país.

A comparação mostra que, enquanto o petismo dependeu de bonança internacional e distribuiu benefícios imediatistas, o bolsonarismo enfrentou adversidades e buscou medidas estruturais. Com o atual terceiro mandato de Lula em andamento, resta ao país acompanhar se a estratégia adotada agora será capaz de entregar resultados sem repetir os erros do passado.

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