Câmara de Maricá aprova armamento da Guarda Municipal com uso obrigatório de câmeras corporais

A Câmara de Vereadores de Maricá aprovou, nesta terça-feira (9), por unanimidade, o projeto de lei que autoriza o armamento da Guarda Municipal. Os 19 parlamentares presentes à sessão votaram a favor da proposta do Executivo, que agora segue para sanção do prefeito Washington Quaquá (PT).

Segundo o prefeito, a medida representa um marco para a segurança da cidade. “Isso significa que a nossa guarda está autorizada a ser armada. Nós seguiremos todos os protocolos para que os agentes sejam treinados pelo Bope. Faremos de Maricá a cidade mais segura do Brasil, trabalhando em conjunto com todas as forças de segurança”, afirmou Quaquá.

De acordo com o secretário de Segurança Cidadã, coronel Julio Veras, todos os guardas armados passarão por treinamento rigoroso, em parceria com a Polícia Militar. Além do efetivo regular, será criado o Grupamento de Ocupação Democrática Armada do Território (Godat), que contará com 150 agentes.

O uso de câmeras corporais será obrigatório para todos os guardas que portarem armas de fogo, como forma de garantir transparência e fiscalização das abordagens. O acompanhamento ficará a cargo da corregedoria interna da corporação e do Ministério Público.

“Hoje é um dia histórico para a Guarda Municipal de Maricá. Estamos avançando em um projeto construído com seriedade e responsabilidade, formando uma guarda armada, bem treinada e capacitada para proteger a nossa população. Novos desafios surgem e estamos prontos para enfrentá-los com preparo, disciplina e, acima de tudo, respeito aos direitos fundamentais de cada cidadão”, declarou o secretário.

Atualmente, a Guarda Municipal de Maricá conta com cerca de 420 agentes, que recebem capacitação contínua no Centro de Estudos da corporação. Entre os cursos oferecidos, estão formações em Direitos Humanos e módulos desenvolvidos em parceria com o Instituto Marielle Franco, abordando desigualdade, racismo e direito à cidade.

Os números da segurança em Maricá reforçam o cenário positivo: são 19 meses sem registro de latrocínio, a menor taxa de mortes violentas desde 2003, nenhum roubo de carga em 2025, além de 77 veículos recuperados e mais de 280 ocorrências encaminhadas à delegacia.

O município também conta com o Centro Integrado de Observação e Segurança Pública (Ciosp) e uma rede de mais de três mil câmeras de monitoramento em funcionamento, sendo 700 da prefeitura com reconhecimento facial e leitura de caracteres. O plano estratégico prevê a ampliação para mais de sete mil equipamentos, cobrindo todos os distritos da cidade.

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