Amadurecer é um processo inevitável. Ninguém nasce pronto para enfrentar as escolhas, os limites e as exigências da vida. É o tempo, somado às experiências – boas ou difíceis –, que vai moldando nosso jeito de ser. Muitas vezes, aprendemos mais com os tropeços do que com os acertos.
O filósofo Friedrich Nietzsche dizia: “O que não me mata, me fortalece.” Essa frase resume bem a ideia de que certas dores não são punições, mas oportunidades de crescimento.
Na tradição cristã, a Carta aos Hebreus traz uma reflexão semelhante: “Nenhuma correção, no momento, parece motivo de alegria, mas de tristeza; mais tarde, porém, produz fruto de paz e de justiça” (Hb 12,11). Em outras palavras, nem sempre entendemos o valor das dificuldades quando as vivemos, mas quase sempre reconhecemos, depois, que elas nos fizeram amadurecer.
A vida, em sua sabedoria silenciosa, nos corrige. E essas correções não significam rejeição, mas cuidado. O pai que adverte o filho, o professor que chama a atenção do aluno, a experiência que nos obriga a rever nossas escolhas — tudo isso são formas de aprendizado.
O segredo está em não se deixar paralisar pelo peso da dor, mas em transformá-la em impulso para crescer. Porque cada lição, por mais dura que pareça, é um convite a sermos mais fortes, mais conscientes e mais humanos.


