Agosto Lilás: até quando a dor de uma mulher vai ser invisível?

Olá, meus queridos leitores do portal FalaRio!

Nesta semana, o Brasil inteiro ficou em choque com as imagens de uma mulher sendo espancada covardemente dentro de um elevador. A cena circulou pelos grupos de WhatsApp, foi pauta nos jornais e tomou as redes sociais. Mas o que mais doeu, além das agressões físicas, foi perceber que ainda existem pessoas tentando justificar o injustificável.

Infelizmente, o caso não é isolado. Ele escancara o que muitas de nós já vivemos ou ainda vivemos: o medo, o silêncio forçado, a vergonha, o julgamento e a dor.

Estamos no Agosto Lilás, mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher. E não dá mais para fingir que é um problema distante. Não é. Ele está nas casas, nos relacionamentos, nos bastidores da sociedade e até mesmo onde menos se espera.

A violência contra a mulher não começa com uma pancada. Começa com manipulação emocional, com o controle do celular, com o “você não vai sair assim”, com o “ninguém mais vai te querer”.

Ela vai crescendo, tomando espaço, virando humilhação, agressão e, às vezes, termina em feminicídio.

Quantas mulheres gritam em silêncio todos os dias?
Quantas têm medo de ir embora porque dependem financeiramente ou emocionalmente do agressor?
Quantas são desacreditadas quando pedem ajuda?

É por isso que precisamos falar, sim! Não para gerar medo, mas para gerar consciência.

Não é mimimi, é sobrevivência.
Não é sobre se meter na vida dos outros, é sobre salvar vidas.

Como mulher, como mãe, como cidadã e como alguém que acredita no poder da comunicação e do afeto, faço questão de usar este espaço para dizer: a gente precisa se importar.

Precisamos acolher, apoiar, orientar e escutar, sem julgamento.
Precisamos parar de apontar dedos e começar a estender mãos.

Se você sofre ou conhece alguém que está passando por isso, denuncie.
Ligue 180.
A denúncia pode ser anônima. E pode salvar uma vida.

Que o Agosto Lilás floresça em empatia, coragem e união.

E aí… vamos fazer o bem juntos?!

Beijos carinhosos,
Sua amiga de toda semana,
Márcia Abdalla

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