A Prefeitura do Rio de Janeiro determinou a remoção imediata das câmeras de vigilância instaladas pela empresa Gabriel em áreas públicas da cidade. Segundo a administração municipal, os equipamentos foram instalados sem autorização e sem atender às normas vigentes, o que motivou a decisão.
O município afirmou que sistemas privados de monitoramento não podem conflitar com a rede oficial de videomonitoramento e que é necessário garantir a privacidade da população e a proteção dos dados captados. A Gabriel já havia sido multada cinco vezes por irregularidades relacionadas às câmeras, fator que reforçou a ordem de retirada.
O prazo estabelecido para a remoção é até o final de 2025. A empresa informou que irá cumprir a determinação e estuda realocar os equipamentos para áreas privadas.
Contexto político e CPI na Alerj
A decisão da Prefeitura ocorre em meio às investigações da CPI das Câmeras, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). A comissão convocou representantes da Gabriel Tecnologias e do Grupo Guardião, além do secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Licenciamento, Gustavo Guerrante.
O objetivo é apurar o uso e o destino das imagens captadas por empresas privadas e possíveis vínculos com cooperativas de recuperação de veículos. O presidente da CPI, deputado Alexandre Knoploch, afirmou que a comissão quer entender o que é feito com os áudios e imagens registrados.
Repercussão entre moradores
O assunto gerou debate entre moradores nas redes sociais. Muitos expressaram preocupação com a privacidade e a falta de clareza sobre o tratamento dos dados. Alguns criticaram a instalação de câmeras privadas em espaços públicos sem um regulamento específico, enquanto outros questionaram a real eficácia do sistema na prevenção de crimes.
Próximos passos
- Prazo para retirada: até dezembro de 2025.
- CPI das Câmeras: segue em andamento com depoimentos e diligências.
- Debate público: cresce a discussão sobre privacidade e o papel de empresas privadas na vigilância de áreas públicas.


