Iniciativa pioneira garante transporte gratuito para a população e já começa a transformar a mobilidade urbana na Baixada Fluminense
Belford Roxo, na Baixada Fluminense, está escrevendo um novo capítulo em sua história com o lançamento do programa Ônibus Tarifa Zero, uma iniciativa da prefeitura que já beneficiou mais de 18 mil moradores em menos de dez dias de operação.
O serviço entrou em circulação no dia 19 de julho com cinco ônibus gratuitos, operando das 4h30 às 22h, em uma rota que liga os bairros Jardim Gláucia, Bom Pastor, Gogó da Ema ao centro da cidade. Em apenas nove dias, foram 18.535 passageiros transportados gratuitamente, segundo dados da administração municipal.
“Esse ônibus mudou minha vida. Fui ao mercado, à clínica, sem gastar um real. Parece um sonho”, relatou Ana Flávia, moradora do Gogó da Ema.
A linha tem sido especialmente importante para moradores de áreas periféricas, como a comunidade Guacha, em Jardim Gláucia, onde muitos precisavam caminhar mais de 1 km até encontrar transporte regular. Agora, com o ônibus gratuito passando pela porta de casa, há mais acesso a serviços básicos e qualidade de vida.
Expansão já anunciada
O sucesso da primeira fase levou o prefeito Márcio Canella a anunciar uma nova linha do Tarifa Zero, que partirá do bairro Forte de Shangrilá e seguirá até Nova Aurora, passando por Vila Magalhães, Bela Vista, Vila Maia e Largo da Baiana. As obras de infraestrutura nos bairros contemplados já estão em andamento para viabilizar o trajeto.
“Estamos falando de mobilidade, mas também de inclusão social. O Tarifa Zero garante dignidade ao trabalhador, ao idoso, ao jovem que estuda. É uma revolução no transporte público da nossa cidade”, declarou Canella.
Economia e impacto social
Além de garantir mais dignidade e conforto, o programa tem proporcionado economia direta no bolso do cidadão. Segundo relatos, o dinheiro que antes era usado com passagens tem sido destinado à compra de alimentos e remédios.
“Sou da comunidade carente e esse ônibus representa muito. A economia que faço me permite comprar o que faltava em casa”, contou Cláudio dos Reis, morador do Bom Pastor.
