Movimentação estratégica no Palácio Guanabara pode alterar a configuração do poder no Estado
O cenário político fluminense pode passar por uma reviravolta significativa nos próximos dias. O governador Cláudio Castro (PL) oficializou, nesta segunda-feira (19), a indicação do vice-governador Thiago Pampolha (MDB) para uma das cobiçadas cadeiras do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). A nomeação, que ainda depende de aprovação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), pode abrir espaço para o presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União Brasil), assumir um novo papel na linha sucessória do Executivo estadual.
A mensagem com a indicação foi enviada à Alerj no início da tarde e publicada em edição extra do Diário Oficial do Legislativo, formalizando a movimentação. Se aprovada pelos deputados estaduais, a nomeação obrigará Pampolha a renunciar ao cargo de vice-governador, conforme determina a legislação vigente. Com isso, Bacellar se tornaria o primeiro na linha sucessória do governador Cláudio Castro, ampliando sua influência no tabuleiro político do Rio.
Nos bastidores do Palácio Guanabara, a indicação é vista como uma jogada estratégica, consolidando a influência do atual governo sobre órgãos de controle. O TCE-RJ é responsável por fiscalizar as contas públicas do Estado, e a escolha de um aliado de Castro reforça a presença do Executivo em espaços-chave da administração pública.
A vaga no tribunal surgiu com a aposentadoria de um dos conselheiros e é disputada por seu prestígio e elevados vencimentos. A sabatina e a votação de Pampolha na Alerj ainda não têm data definida, mas a expectativa é de que o processo ocorra com rapidez, dada a articulação política já em curso.
Enquanto isso, nos corredores da Alerj, a possível ascensão de Bacellar à vice-governadoria já provoca especulações sobre os próximos desdobramentos no xadrez político fluminense. A movimentação pode impactar alianças, reposicionar lideranças e influenciar diretamente o rumo das eleições de 2026.
A nomeação de Pampolha, se confirmada, não apenas o levaria a um posto vitalício no tribunal, como também abriria espaço para uma nova configuração de poder no Estado. Observadores da política local acompanham atentamente os desdobramentos, que podem marcar uma nova fase na administração de Cláudio Castro e na disputa por influência no governo do Rio.