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Deputado Glauber Braga é detido durante baderna da UERJ

Na tarde desta sexta-feira, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) foi palco de um violento confronto entre policiais do Batalhão de Choque da PM e estudantes que ocupam a instituição desde julho. A ação policial teve início às 13h20, quando os agentes entraram pelo portão 7 da universidade, utilizando bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes.

De acordo com testemunhas, os estudantes reagiram lançando pedras e pedaços de madeira, contra os policiais em um embate que resultou na prisão de três alunos e do deputado federal Glauber Braga (PSOL), que estava no local em apoio aos estudantes. Todos foram levados para a Cidade da Polícia. Durante o tumulto, pneus foram incendiados na Avenida Rei Pelé, uma das principais vias da Zona Norte do Rio.

A ocupação dos estudantes é uma forma de protesto contra cortes de benefícios, e a situação se agravou após uma decisão judicial que determinou a desocupação do prédio. A juíza Luciana Losada havia dado um prazo de 24 horas para a liberação das áreas ocupadas, mas os alunos desrespeitaram a ordem, resultando em confrontos com a segurança da universidade.

A PM justificou sua ação como um cumprimento da decisão judicial, enquanto os estudantes se opuseram à intervenção, levando a um cenário de hostilidade. Um policial ficou ferido e foi encaminhado ao hospital, mas não houve registros de feridos entre os estudantes.

A reitora da UERJ, Gulnar Azevedo e Silva, lamentou a escalada de violência e expressou sua intenção de negociar pacificamente com os alunos. Em contrapartida, Glauber Braga classificou sua detenção como ilegal e denunciou o uso excessivo da força policial.

O presidente do PSOL no Rio, Juan Leal, também se manifestou, condenando a atuação das autoridades e reiterando o apoio aos estudantes. O pano de fundo dos protestos remonta à implementação de novos critérios para a concessão de bolsas de apoio à vulnerabilidade social, que, segundo os estudantes, afetaria cerca de 5 mil universitários.

Diante do impasse, a justiça agendou uma audiência para o dia 2 de outubro, na esperança de encontrar uma solução que atenda às reivindicações dos alunos. Até lá, a tensão entre as autoridades e os estudantes continua elevada, com a comunidade acadêmica em busca de um entendimento que evite novos confrontos.

A situação na UERJ reflete a complexidade dos conflitos entre estudantes e autoridades, ressaltando a importância do diálogo e da busca por soluções pacíficas que respeitem os direitos de todos os envolvidos.

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