Imagens recentes divulgadas pela NASA revelaram uma impressionante nuvem de dióxido de carbono se movendo pela atmosfera da Terra. As imagens, que foram publicadas em 23 de julho, foram geradas com o uso de um avançado modelo meteorológico e de visualização científica baseado em dados de satélites.
Detalhes das Imagens
O mapa dinâmico produzido pelo estúdio de visualização científica da NASA mostra como o dióxido de carbono se distribui globalmente, destacando as principais fontes desse gás poluente. De acordo com a NASA, as principais origens identificadas incluem usinas elétricas, incêndios florestais e aglomerados urbanos.
Lesley Ott, cientista climática do Goddard Space Flight Center da NASA, comentou sobre a importância dessas imagens: “Como formuladores de políticas públicas e cientistas, estamos tentando contabilizar de onde vem o carbono e como isso impacta o planeta. É possível ver [na imagem] como tudo está interconectado por esses diferentes padrões climáticos.”
Fontes e Impactos do Dióxido de Carbono
A análise das imagens mostra que nas regiões da China, Estados Unidos e Sul da Ásia, as emissões de dióxido de carbono provêm principalmente de usinas de energia, indústrias e veículos de transporte. Em contraste, na África e América do Sul, as principais fontes são relacionadas a incêndios florestais, queimadas controladas para agricultura, desmatamento e queima de petróleo e carvão.
AJ Christensen, designer de visualização de dados senior no Goddard Space Flight Center, destacou que a intenção não era apenas focar nas áreas de alta densidade de dióxido de carbono, mas também mostrar que até nas regiões menos povoadas há presença significativa do gás: “Não queríamos que as pessoas tivessem a impressão de que não havia dióxido de carbono nas regiões mais esparsas. Mas também queríamos realmente destacar as regiões densas, porque essa é a característica interessante dos dados.”
Dióxido de Carbono e Mudança Climática
O dióxido de carbono é um dos principais responsáveis pelo aumento das temperaturas globais, de acordo com cientistas. Embora seja um gás naturalmente presente na atmosfera, suas concentrações têm aumentado devido à queima de combustíveis fósseis e biomassa. Esse acúmulo acelerado de dióxido de carbono contribui para o aquecimento global e mudanças climáticas.
O Goddard Institute for Space Studies (GISS) da NASA informou que 2023 foi o ano mais quente já registrado, refletindo o impacto crescente das emissões de gases de efeito estufa. A visualização da NASA oferece uma visão clara e impactante de como as emissões de dióxido de carbono estão distribuídas globalmente e quais regiões são mais afetadas, servindo como um alerta sobre a necessidade urgente de políticas eficazes para combater a poluição atmosférica e as mudanças climáticas.
