Estado do Rio planeja campanha para incentivar a adoção tardia

O Estado do Rio está considerando uma campanha para incentivar a adoção tardia. O Projeto de Lei 728/23, proposto pelo deputado Vinicius Cozzolino (União), foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) em primeira discussão, no dia 22/02.

A proposta ainda precisa passar por uma segunda discussão em plenário. O autor justificou: “Considerando que ainda existe certa resistência por parte dos interessados em adotar crianças que já não são mais bebês, é necessário sensibilizar as famílias para que se abram à possibilidade da adoção tardia, a fim de prover convivência familiar às crianças e adolescentes com menor chance de serem adotados.”

Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça, mais de 4.900 crianças e adolescentes aguardavam adoção em 2019, enquanto havia mais de 32 mil interessados em adotar. No entanto, 90% destes preferiam adotar crianças com até sete anos de idade, representando apenas 23% das crianças e jovens nos abrigos.

Essa discrepância é um dos pontos que serão divulgados pela campanha, visando sensibilizar a população. Outros aspectos incluem a divulgação de formas de oferecer suporte para que a criança se sinta amada e acolhida, especialmente nas fases iniciais, e a busca de parcerias com organizações da sociedade civil que atuam no acolhimento de crianças e adolescentes aptos à adoção. Se aprovada, a medida será regulamentada pelo Executivo.

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