O Brasil está prestes a perder a luta contra a corrupção, de acordo com o mais recente estudo da Transparência Internacional (TI). O país caiu dez posições no ranking da organização, ocupando agora o 104º lugar entre 180 nações, atrás de países como China, África do Sul e Índia.
Esse declínio é resultado de uma série de acontecimentos preocupantes, como a recente decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender a multa de R$ 8,5 bilhões a ser paga pela empresa Novonor (antiga Odebrecht). Em 2023, Toffoli também invalidou todas as provas do acordo de leniência da Odebrecht e liberou a J&F (holding da JBS) de multas milionárias.
Essas decisões, juntamente com a nomeação de figuras controversas para o STF e o enfraquecimento de órgãos de controle como a CGU, configuram um cenário de retrocesso no combate à corrupção no Brasil.
O relatório da TI destaca que o governo Bolsonaro “destruiu marcos legais e institucionais anticorrupção que o país levou décadas para construir”. O texto também critica o “orçamento secreto” e a falta de transparência no governo Lula.
A análise do jornalista Alexander Busch, correspondente de América do Sul, é ainda mais pessimista. Ele afirma que a chance de romper com o passado corrupto foi desperdiçada e que o futuro do país está em risco.
A percepção de que a corrupção está aumentando no Brasil é um alerta grave para a sociedade. É fundamental que todos os setores se mobilizem para defender as instituições democráticas e exigir um combate sério e eficaz à corrupção.