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A Conta de Luz Pode Aumentar com Novas Ondas de Calor, Chuvas e Subsídios, Adverte Associação.

A Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace) alerta que as próximas ondas de calor e a possibilidade de escassez de chuvas podem impactar diretamente na conta de luz dos brasileiros. Os dados indicam que a expectativa de aumento para 2024 varia entre 6,58% e 10,41%, dependendo também do volume de subsídios no próximo ano.

Impacto das Altas Temperaturas

Em novembro, a carga de energia atingiu recordes devido à necessidade da população de se refrescar durante as ondas de calor, especialmente com o uso intensivo de ar-condicionado. Embora boa parte do consumo seja suprida por fontes renováveis, como hidrelétricas, a alta demanda em horários de pico pressiona as contas de luz.

Desafios Futuros: Novas Ondas de Calor e Aumento da Demanda

O meteorologista Guilherme Borges da Climatempo destaca a possibilidade de novas ondas de calor nos próximos meses. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) teve que aumentar a capacidade para evitar blecautes durante picos de demanda, contribuindo para o aumento nas contas de luz.

Previsões para 2024 e Crescimento da Demanda

O ONS projeta um crescimento de 3,5% na carga de energia em 2024, indicando um aumento nas taxas principalmente nas regiões Nordeste (15,2%), Sul (14,85%) e Sudeste/Centro-Oeste (12,5%). Gabriel Bassoto, analista-chefe de ações do Simpla Club, alerta que o uso de usinas termelétricas para atender ao aumento da demanda pode resultar em um aumento nos preços da energia.

Desafios da Mudança Climática e Reflexos no Setor Elétrico

A projeção do fenômeno El Niño sugere afluências abaixo da média para subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e Norte, enquanto o subsistema Sul pode ter afluências acima da média. A economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta, destaca que a formação do preço final da energia elétrica não se baseia apenas nos níveis dos reservatórios, mas também nos custos de distribuição, transmissão e subsídios.

Aumento Tarifário e Custos de Políticas Públicas

Victor iOcca, diretor de Energia Elétrica da Abrace, aponta que o aumento tarifário é impulsionado pelo crescimento contínuo dos custos das políticas públicas de subsídios, com destaque para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que absorve bilhões recebidos diretamente dos consumidores.

Investimentos e Leilões: Perspectivas Futuras

Os investimentos em transmissão também impactam os custos, e leilões recordes, como o próximo com R$ 21,7 bilhões em investimentos, sinalizam a necessidade de expansão. Segundo a Aneel, tais investimentos podem aumentar a segurança contra apagões, mas alerta-se que isso pode se traduzir em aumento tarifário nos próximos anos.

Em resumo, a conjunção de fatores climáticos, demanda crescente e custos de políticas públicas aponta para desafios significativos no setor elétrico brasileiro, refletindo-se diretamente nos custos finais para os consumidores.

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