O Ministério Público Estadual (MP-RJ) deu início a uma investigação contra o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (PL), por suspeitas de improbidade administrativa. O Procurador-Geral de Justiça (PGJ), Luciano Mattos, instaurou um procedimento preliminar para examinar possíveis irregularidades relacionadas ao uso de uma mansão em Teresópolis, na Região Serrana do Rio, e uma cobertura em Botafogo, na Zona Sul do Rio.
Esta é a primeira vez que o deputado enfrenta uma investigação formal por questões ligadas à sua atuação no Legislativo fluminense. Os imóveis, conforme divulgado pelo jornal Metrópoles, foram adquiridos por R$ 5,1 milhões, sendo que R$ 3,6 milhões foram aportados por Jansens Calil, amigo de Bacellar.
Dado o foro privilegiado dos presidentes da Alerj, a investigação será conduzida diretamente pela equipe do chefe do Ministério Público. Entre as alegadas irregularidades que podem ser alvo da investigação estão enriquecimento ilícito e recebimento de benefícios econômicos e imóveis em decorrência do cargo. Caso se comprovem, as penalidades podem variar desde suspensão dos direitos políticos, ressarcimento, multa até perda da função pública.
Em resposta à investigação da Procuradoria, o presidente da Alerj declara: “Assim que uma campanha difamatória foi iniciada, motivada por desentendimentos políticos locais, o deputado Rodrigo Bacellar instruiu seus advogados a entrar em contato com o Ministério Público, colocando-se à disposição para fornecer qualquer informação necessária.”
Ele ainda acrescenta: “Isso demonstra sua total disposição em apresentar de maneira transparente e direta todos os documentos e contratos que comprovam a legalidade das transações imobiliárias e sua conduta pública. Além disso, refuta a informação falsa sobre pagamentos em dinheiro vivo. Todas as transações foram devidamente declaradas no Imposto de Renda.”
O deputado também ressalta seu “repúdio a qualquer tentativa de condenação midiática sem fundamentos e baseada em acusações políticas, como temos visto recentemente na história do nosso país.”
