Primeiro lote com vacinas da Pfizer para crianças chega ao RJ

O primeiro lote de vacinas infantis contra a Covid chegaram ao Rio de Janeiro na manhã desta sexta-feira (14). São 93,5 mil doses do imunizante, que deverão ser aplicadas em crianças de 5 a 11 anos, em todo o estado — 33.950 doses são destinadas à capital.

A expectativa era de que as vacinas chegassem por transporte aéreo na madrugada desta sexta-feira. Porém, as doses chegaram via terrestre pouco depois das 10h na Coordenação Geral de Abastecimento da Secretaria Estadual de Saúde, em Niterói, na Região Metropolitana.

Adquiridas pelo Ministério da Saúde, as doses foram entregues à Secretaria de Estado de Saúde (SES) do RJ para distribuição aos municípios.

Pelo menos quatro municípios devem buscar as respectivas doses ainda nesta sexta no centro de distribuição: Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo e Maricá.

Maricá planeja iniciar a vacinação ainda na sexta, aplicando o imunizante na população indígena.

Vacinação no Rio no dia 17

 

A previsão é de que a vacinação comece no RJ na segunda-feira (17), com a imunização de meninas de 11 anos. Só na capital, a prefeitura espera vacinar mais de 560 mil crianças até o dia 9 de fevereiro.

A Secretaria Municipal de Saúde da capital já adiantou que se novas doses da vacina infantil não chegarem até a próxima quarta-feira (19) a imunização terá que ser interrompida.

A vacina que será utilizada nas crianças é a Pfizer. O planejamento prevê que ela seja aplicada em duas doses, num intervalo de oito semanas. O objetivo do comitê científico municipal é fazer com que as crianças recebam a vacina antes do início do ano letivo.

O Rio, segundo a SES, deve fazer a retirada do lote do município na sexta-feira, mesmo, à tarde. Outras cidades deverão retirar os imunizantes no sábado (15). Em outras regiões do estado, as vacinas serão entregues no sábado (15) por aeronaves, vans e caminhões.

“Na próxima semana, vamos completar um ano da imunização no Rio de Janeiro e mais de 75% da população com duas doses. A vacinação das crianças é, para nós, mais um marco histórico no combate à Covid-19”, afirmou o secretário de Estado de Saúde Alexandre Chieppe. 

Vacinação de crianças contra a Covid deve atingir mais de 1,5 milhão de crianças no Estado do Rio de Janeiro — Foto: Reprodução/ TV Globo

Vacinação de crianças contra a Covid deve atingir mais de 1,5 milhão de crianças no Estado do Rio de Janeiro — Foto: Reprodução/ TV Globo

O chefe da pasta acrescentou que a SES vai manter a logística de realizar a entrega das vacinas para os 92 municípios em até 48 horas. A recomendação da secretaria é que sejam vacinadas, primeiro, crianças com comorbidades e indígenas, seguidas das faixas etárias do mais velho ao mais novo.

No Rio, a vacinação deverá obedecer o seguinte calendário:

Calendário da vacinação de crianças no Rio — Foto: Reprodução/TV Globo
Calendário da vacinação de crianças no Rio — Foto: Reprodução/TV Globo

Vacinas via Holanda

As doses chegaram ao Brasil às 4h38 desta quinta (13) no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). Elas vieram de Amsterdã, na Holanda.

O material foi levado ao Centro de Distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos, São Paulo. De lá, está sendo distribuído para todo o Brasil.

O primeiro lote tem 1,2 milhão de doses — no total, a farmacêutica vai enviar 4,3 milhões de imunizantes em janeiro.

Frascos da vacina da Pfizer em versão pediátrica (laranja) — Foto: Reprodução/Agência Brasil
Frascos da vacina da Pfizer em versão pediátrica (laranja) — Foto: Reprodução/Agência Brasil

Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde informou que não será necessária receita médica para a aplicação da vacina. A autorização por escrito só será necessária se não houver pai, mãe ou responsável presente no momento em que a criança for vacinada.

  • em ordem decrescente de idade (das crianças mais velhas para as mais novas), com prioridade para quem tem comorbidade ou deficiência permanente e para crianças quilombolas e indígenas;
  • sem necessidade de autorização por escrito, desde que pai, mãe ou responsável acompanhe a criança no momento da vacinação;
  • com intervalo de oito semanas – um prazo maior que o previsto na bula, de três semanas.

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