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Bolsonaro defende Paulo Guedes e política de preços da Petrobras

Diante da desaceleração da economia, do aumento da inflação e de outros números negativos da economia, o presidente Jair Bolsonaro aproveitou um evento oficial ara mandar recados ao mercado financeiro, que vive inquieto com a turbulência política e os efeitos do exterior.

Em cerimônia oficial do lançamento da nova linha de crédito da Caixa para famílias de baixa renda, no Palácio do Planalto, na manhã desta segunda-feira (27),   Bolsonaro garantiu que mantém Paulo Guedes à frente do Ministério da Economia.

“Se não tivesse alguém da garra dele, será que teríamos caído apenas, que é bastante, 4%, enquanto outros países caíram em média 9%? Como seria a recuperação do Brasil? Quando se fala do coração do Pedro [Guimarães], da Caixa, em grande parte o auxílio emergencial passou pelo coração do Paulo Guedes. Qual economista queria estar no lugar dele, com aquela pandemia, tendo que fazer coisas completamente diferentes daquilo que ele se preparou a vida toda? Ele nunca esteve na política e resolveu acreditar num matuto como eu”, concluiu o presidente.

Conversa com ministro de Minas e Energia

Bolsonaro também disse que não vai interferir na política de preços da Petrobras. “Me acusaram de interferir. É um direito meu”, ressaltou o chefe do Executivo, ponderando que não tem poder de decidir as coisas dentro da empresa. “Aqui, o grande acionista é o governo federal, mas temos regras, a lei da paridade.”

No entanto, o presidente da República afirmou que conversou com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, sobre como “melhorar ou diminuir” o preço dos combustíveis, um dos principais vilões da atual escalada inflacionária.

“Hoje (segunda-feira) falei com o ministro Bento, conversando sobre a nossa Petrobras, o que nós podemos fazer para melhorar ou diminuir o preço na ponta da linha, onde está a responsabilidade”, declarou Bolsonaro durante o evento.

Ele ainda voltou a defender sua decisão, anunciada no início do ano, de indicar um novo nome para a Petrobras – no caso, Joaquim Silva e Luna para substituir Roberto Castello Branco.

Na tentativa de se defender sobre a alta dos preços dos combustíveis, Bolsonaro citou avanço das cotações também nos Estados Unidos e afirmou que é preciso “ter conhecimento do que está acontecendo antes de culpar quem quer que seja”.

Ainda assim, reconheceu que qualquer fala sua equivocada ou distorcida mexe com a Bolsa de Valores ou com o preço do dólar, com potencial de impactar ainda mais o preço dos combustíveis.

Mercado aumenta projeção de inflação

Enquanto Bolsonaro defendia sua política econômica, o mercado financeiro divulgava nova projeção pessimista sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial da inflação, em 2021. A projeção subiu pela 25ª semana consecutiva.

De acordo com previsão divulgada no Relatório de Mercado Focus desta segunda-feira (27/9), o IPCA deverá encerrar o ano em 8,45%. Na semana passada, a projeção era de que ficasse em 8,35%.

Já para 2022, o Focus registrou a 10ª alta seguida e agora o mercado espera o IPCA em 4,12% no ano que vem, acima dos 3,95% esperados quatro semanas atrás.

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