Uma medida protetiva é concedida a cada 20 minutos às mulheres vítimas de agressão doméstica no estado do Rio de Janeiro. Treze mil determinações judiciais somente no primeiro semestre de 2020, de acordo com dados do Tribunal de Justiça. Apesar disso, os casos reincidência na agressão e feminicídio mesmo com as mulheres que estão sob o manto de medida protetiva ainda é alto. Ainda que estejam amparada legalmente, muitas mulheres não encontram a devida atenção quanto a este aspecto por parte das forças de segurança.

Para que as medidas protetivas se façam valer, o estado colocou na rua, há exatamente um ano, a Patrulha Maria da Penha, especializada em violência contra a mulher. Formada por policiais voluntários, o principal objetivo da patrulha é evitar a reincidência da violência contra a mulher e o feminicídio.
Patrulha Maria da Penha em Guapimirim
Com experiências bem sucedidas em outras unidades da federação, a Patrulha Maria da Penha demorou a chegar em nosso Estado. Tão logo implantada por aqui, fiz questão de buscar, junto a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, que uma unidade de patrulhamento fosse disponibilizada para Guapimirim. A barreira era justamente os baixos índices de registro de violência contra a mulher em nosso município, segundo dados das forças de segurança fluminenses. Conhecedora da realidade do nosso município, convenci nossas autoridades de que os casos de agressão contra a mulher, por aqui, estão sub notificados.
Num município interiorano como o nosso, onde o machismo é maior, as relações de dependência da mulher para o homem também são maiores. Isto acarreta em medo, receio de que o marido seja preso e até mesmo sentimento de culpa, em escala maior, das mulheres agredidas em denunciar seus cônjuges agressores. Uma quantidade enorme de casos de violência contra a mulher não são denunciados. O fato de contarmos com uma patrulha dedicada ao nosso município transmite mais segurança para que as mulheres agredidas denunciem seus agressores.
Tão logo a Patrulha Maria da Penha foi implantada em nosso estado, fiz questão de buscar, junto a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, que uma unidade de patrulhamento fosse disponibilizada para Guapimirim.
