A Política Externa é a vertente das políticas públicas caracterizada pela relativização do atributo da soberania. No espaço exterior, o contraste de poder entre os Estados exige transigir em relação à soberania e aos interesses dos demais. Os objetivos nacionais nem sempre podem ser alcançados em sua totalidade: a soberania terá que ser flexibilizada por meio da adesão a normativas compartilhadas, que redundem em ganhos individuais e coletivos ao longo do tempo.
No Estado democrático de Direito, a política externa deve guiar-se pelos princípios da legalidade e da legitimidade. A legalidade impõe cumprir a Constituição. A legitimidade reflete-se no seguimento do plano de governo e na efetividade: o êxito de cada movimento, ou de seu ajuste, valida o prosseguimento da abordagem adotada. Conforme a lei, uma política externa será eficaz se seus resultados estiverem coerentes às propostas de governo.