A Polícia Rodoviária Federal (PRF), em ação integrada com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, deteve familiares do traficante foragido Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, durante uma abordagem na BR-262, em Campo Grande (MS). A interceptação aconteceu na manhã desta terça-feira (9), quando os agentes identificaram dois veículos que seguiam em direção à fronteira com a Bolívia.
Nos carros estavam a esposa, três filhos e um sobrinho do criminoso, apontado como chefe do Terceiro Comando Puro (TCP) e líder do chamado Complexo de Israel, na zona norte do Rio. Durante a revista, os policiais encontraram uma mala repleta de joias — incluindo relógios, medalhões e correntes de ouro — algumas delas com inscrições que faziam referência direta ao traficante. Entre os itens apreendidos estava um colar maciço com o apelido “Mano Arão”, associado a Peixão.
A PRF informou que a operação foi deflagrada a partir de informações de inteligência da Polícia Civil, que monitorava a movimentação da família e suspeitava de uma tentativa de fuga coordenada. Embora o objetivo inicial fosse localizar Peixão, que segue foragido, ele não estava entre os ocupantes dos veículos.
Os cinco familiares foram conduzidos à Polícia Federal no Mato Grosso do Sul, onde prestaram depoimento. Eles são suspeitos de lavagem de dinheiro, ocultação de bens, participação em organização criminosa e tentativa de evasão do país. Após os procedimentos legais e registro da ocorrência, todos foram liberados.
Peixão é considerado um dos criminosos mais perigosos e influentes do estado. Ele comanda territórios dominados pela facção TCP e expandiu o poder bélico do grupo por meio da aquisição de armas de alto calibre, inclusive equipamentos importados. O Complexo de Israel, área sob seu controle, reúne comunidades como Cidade Alta, Parada de Lucas, Vigário Geral, Pica-Pau e Cinco Bocas, todas na zona norte do Rio de Janeiro.
A prisão dos familiares representa um passo importante nas investigações, já que indica uma possível tentativa de deslocamento da estrutura financeira e familiar do traficante para fora do país. As forças de segurança afirmam que o objetivo agora é aprofundar o rastreamento de bens e redes de apoio ligadas ao criminoso, além de localizar seu paradeiro.
