O governo do estado iniciou, na manhã desta segunda-feira (24), o primeiro dia da Operação Barricada Zero, que retirou mais de 200 toneladas de estruturas instaladas por organizações criminosas em vias públicas de cinco municípios da Região Metropolitana. A ação tem como objetivo garantir o direito de ir e vir dos moradores e enfraquecer a atuação de grupos que utilizam as barricadas para controlar acessos e impor restrições à circulação.
Ao todo, 220 agentes atuaram simultaneamente na Cidade de Deus, Zona Sudoeste do Rio, e nos municípios de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Queimados e São Gonçalo. Além da remoção dos bloqueios, cinco suspeitos foram presos. As equipes também localizaram uma estufa de maconha no Jardim Catarina, em São Gonçalo, e encontraram drogas enterradas em Queimados.
As informações foram apresentadas durante coletiva com o governador Cláudio Castro (PL) e o secretário do Gabinete de Segurança Institucional, Edu Guimarães, responsável pela coordenação da operação. Também participaram os secretários de Segurança Pública, Victor dos Santos; da Polícia Militar, Marcelo de Menezes; e de Administração Penitenciária, Maria Rosa Lo Duca Nebe.
Operação será diária, afirma o governador
Durante a coletiva, Castro anunciou que a Operação Barricada Zero ocorrerá todos os dias, em cinco ou seis localidades diferentes, como parte de uma estratégia contínua de enfrentamento ao crime organizado. Ele alertou que criminosos que reconstruírem barricadas serão alvo de ações imediatas de unidades especializadas.
“A semana começa e, com ela, o fim das barricadas no Rio. Não dá mais para ter ruas fechadas e acessos restritos por vagabundos que querem impor um poder paralelo. O desafio é grande. Mapeamos mais de 13 mil obstruções, e estou focado, até o último dia do meu governo, em libertar cada lugar. Pelo estado e pela população de bem”, declarou o governador.
Estrutura e logística da operação
A ação mobiliza retroescavadeiras, rompedores, caminhões basculantes, equipamentos de corte, motosserras e equipes técnicas para lidar com diferentes tipos de bloqueios, que incluem concreto, entulho, grades metálicas e estruturas improvisadas usadas pelo crime. A operação é organizada pelo Gabinete de Segurança Institucional e envolve efetivos das polícias Militar e Civil, além de diferentes secretarias estaduais e prefeituras.


