As patinetes amarelinhas caíram no gosto dos cariocas. Com cerca de 1.500 veículos distribuídos em bairros como Botafogo, Catete, Centro, Porto Maravilha, Copacabana, Flamengo, Gávea, Glória, Humaitá, Ipanema, Jardim Botânico, Lagoa, Leblon e Leme, os usuários já percorreram cerca de 5 milhões de quilômetros em mais de 2 milhões de viagens desde a chegada da Whoosh ao Rio de Janeiro, há um ano.
O modal se consolidou na rotina, especialmente entre pessoas de 25 a 44 anos. As patinetes são usadas tanto como complemento para deslocamentos diários — como a ligação entre o Centro e as barcas da Praça XV — quanto para lazer, com aumento expressivo em datas comemorativas e grandes eventos. No réveillon de Copacabana, no show da cantora Lady Gaga e no Rock in Rio, a empresa registrou alta superior a 60% no número de corridas.
Os turistas também têm aderido ao serviço, utilizando o equipamento para passeios que incluem as praias da Zona Sul e a Região Portuária, em trajetos que chegam a durar uma hora, com paradas em pontos turísticos como o Museu do Amanhã e o Píer Mauá.
Mobilidade e sustentabilidade
Segundo o diretor de operações da Whoosh, Cadu Souza, a integração com outros modais é prioridade. “A implementação e expansão do serviço são feitas em conjunto com as autoridades locais, de forma coordenada. Com a utilização das patinetes, conseguimos reduzir significativamente a emissão de CO2 na cidade. Com 5 milhões de quilômetros rodados, já prevenimos a emissão de 242 toneladas de carbono”, afirmou.
A empresa já estuda ampliar a frota para a Barra da Tijuca, mas a decisão depende de análises técnicas e de viabilidade em conjunto com a Prefeitura.
Regras e fiscalização
No Brasil, as patinetes elétricas seguem a Resolução CONTRAN nº 996, que limita a velocidade a 20 km/h em ciclovias e ciclofaixas, e a 6 km/h em áreas de pedestres. O uso é individual, proibido para menores de 18 anos e não pode ser feito sob efeito de álcool. No Rio, um decreto de maio de 2025 proíbe a circulação e o estacionamento no calçadão das praias.
A Whoosh opera com pontos de estacionamento fixos, onde as corridas devem obrigatoriamente começar e terminar. “A corrida só é finalizada quando a patinete é estacionada no ponto correto, e as tarifas continuam sendo cobradas até que isso ocorra”, explicou Cadu.
Para manter a ordem, uma equipe da empresa atua 24 horas por dia organizando os equipamentos e prevenindo obstruções em locais proibidos, como rampas de acesso e pisos táteis.
Conscientização e segurança
Além da fiscalização, a Whoosh promove ações educativas, como a Escola de Direção, evento gratuito que ensina boas práticas e regras de uso, e as Blitzes Educativas, realizadas em parceria com autoridades locais.
De acordo com a empresa, mais de 10 mil usuários foram bloqueados da plataforma no primeiro ano de operação por uso irregular das patinetes.


