Micos-leões-dourados voltam à natureza em Macaé após 18 meses de reabilitação

Dois casais de micos-leões-dourados foram reintroduzidos na natureza, na última sexta-feira (8), em uma área de Mata Atlântica de Macaé. A ação foi resultado de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Ambiente, Sustentabilidade e Clima, o Parque Ecológico Mico-Leão-Dourado e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Os animais, vítimas do tráfico de fauna silvestre, passaram um ano e seis meses em tratamento na Associação Mico-Leão-Dourado, em Silva Jardim. As duas fêmeas estão prenhes de gêmeos, e a expectativa é que contribuam para repovoar a espécie na região. Em Macaé, o mico-leão-dourado é considerado extinto, e a iniciativa busca reverter esse cenário.

O caso teve início há 18 meses, quando uma operação da Polícia Federal na África localizou os animais e viabilizou seu retorno ao Brasil. A soltura contou com a presença do prefeito de Macaé, Welberth Rezende, que ressaltou o significado do momento. “Macaé entra novamente na rota do mico-leão-dourado, uma espécie em extinção na nossa cidade. Além disso, trabalhamos para ampliar nossas reservas e promover atividades de conscientização ambiental”, disse.

O secretário municipal de Ambiente, Sustentabilidade e Clima, Phelipe Salgado, destacou que o plano é ampliar a iniciativa. “Esses animais estavam sob regime de proteção e agora foram soltos para se adaptarem à Mata Atlântica. A ideia é que a espécie volte a se reproduzir em nossa reserva. Nossa meta é reinserir mais cinco casais nos próximos anos”, afirmou.

Para Carlos Ruiz, presidente da Associação Mico-Leão-Dourado, Macaé foi escolhida por possuir áreas florestais de qualidade e interligadas a outras reservas. “Começamos nosso trabalho em Silva Jardim, na década de 1980, com apenas 200 animais. Hoje já contabilizamos cerca de 4 mil”, ressaltou.

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