A partir desta segunda-feira (4), o Governo do Estado do Rio de Janeiro amplia a faixa etária da vacinação contra o HPV (Papilomavírus Humano). Agora, adolescentes e jovens adultos entre 15 e 19 anos que ainda não foram imunizados podem receber a vacina gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A meta da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) é vacinar, até dezembro, 90% desse público — cerca de 520 mil jovens em todo o território fluminense.
Até então, o imunizante era indicado apenas para crianças e adolescentes entre 9 e 14 anos. Com a ampliação, o Estado busca aumentar a cobertura vacinal e reforçar a proteção contra o HPV, considerada a infecção sexualmente transmissível mais comum do mundo. O vírus pode causar verrugas genitais e, em casos mais graves, diversos tipos de câncer, como o de colo de útero, ânus, pênis, boca e garganta.
Um estudo recente realizado na Inglaterra revelou que a vacina contra o HPV pode reduzir em até 87% a incidência de câncer do colo do útero. Segundo especialistas, a prevenção deve ser aliada ao uso de preservativos, que ajudam a reduzir o risco de contágio, mas não substituem a imunização.
“Nosso foco é proteger adolescentes e jovens adultos que não tiveram a oportunidade de se vacinar na idade recomendada. O HPV é uma ameaça silenciosa, mas a vacina é segura, eficaz e gratuita. Queremos mobilizar toda a rede de saúde e educação para alcançar o maior número de pessoas possível”, destacou a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.
A vacinação será oferecida nas unidades básicas de saúde dos municípios. A SES-RJ também orienta que sejam realizadas ações em escolas de ensino fundamental e médio, universidades, shoppings e locais de grande circulação de pessoas. Quando não for possível aplicar a vacina nesses espaços, a recomendação é mobilizar a comunidade escolar e orientar os jovens a procurarem o posto mais próximo.
Além dos adolescentes e jovens de 15 a 19 anos, o SUS também oferece a vacina contra o HPV para adultos até 45 anos que vivem com imunossupressão — como pessoas vivendo com HIV, transplantados e pacientes com outras condições clínicas específicas —, além de vítimas de violência sexual, conforme diretrizes do Ministério da Saúde.


