Juliana Marins, de 26 anos, estava desaparecida desde sábado (21), após acidente em trilha no Monte Rinjani. Corpo foi localizado nesta terça-feira (24). Família confirma o óbito nas redes sociais.
A jovem brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que estava desaparecida desde o último sábado (21) após cair em um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, não resistiu aos ferimentos e teve a morte confirmada na manhã desta terça-feira (24). A informação foi divulgada por familiares em um perfil oficial criado nas redes sociais para mobilizar as buscas e reunir informações sobre o resgate.
Juliana, que fazia uma trilha de três dias no Parque Nacional do Monte Rinjani, na ilha de Lombok, se separou do grupo durante a madrugada, alegando cansaço. Horas depois, outros trilheiros ouviram seus gritos vindo de uma encosta. Ela havia despencado aproximadamente 300 metros e ficou presa em uma região de difícil acesso, a cerca de 500 metros abaixo do nível da trilha.
Apesar de ainda apresentar sinais vitais no domingo (22), os socorristas enfrentaram uma série de dificuldades para chegar até ela: o terreno era extremamente íngreme, coberto por vegetação densa, escorregadio por conta da umidade e, em diversos momentos, tomado por neblina. A falta de equipamento adequado e o fechamento parcial do parque também atrasaram os esforços.
Segundo a irmã da vítima, Mariana Marins, os responsáveis pelo parque chegaram a interromper o resgate temporariamente por falta de condições e não havia helicópteros disponíveis para sobrevoar a área até esta terça-feira. “Faltavam 350 metros, mas eles recuaram”, relatou em um vídeo, emocionada, publicado nas redes sociais da campanha #ResgateJuliana.
A tragédia rapidamente mobilizou autoridades brasileiras. O Itamaraty acionou a Embaixada do Brasil na Indonésia e acompanhou de perto o caso. A comoção pública foi tão grande que o perfil oficial da família, criado para divulgar as informações e pressionar por agilidade nas buscas, ultrapassou 1 milhão de seguidores em menos de 72 horas.
Juliana era natural do Rio de Janeiro e estava viajando pela Ásia desde o início do ano, tendo passado por Vietnã, Tailândia e Filipinas antes de chegar à Indonésia. Apaixonada por natureza e esportes de aventura, documentava sua jornada em um perfil pessoal nas redes sociais.