Políticos do Rio retornam ao Brasil após dias de tensão em Israel

A viagem foi interrompida por causa da onda de conflito no Oriente Médio e representantes do Rio relatam momentos de terror

Chegou ao fim, na manhã desta quarta-feira (18), a jornada marcada por tensão e incertezas vivida por políticos fluminenses que estavam em Israel. Após mais de 50 horas de viagem, dois grupos que integravam a comitiva desembarcaram em solo brasileiro, colocando um ponto final em dias descritos como traumáticos devido à escalada do conflito entre Israel e Irã.

Os prefeitos Welberth Rezende (Cidadania), de Macaé, e Johnny Maycon (PL), de Nova Friburgo, foram os primeiros a chegar. Eles pousaram por volta das 10h, em Natal, no Rio Grande do Norte, após deixarem Israel rumo à Jordânia e, de lá, seguirem por rotas europeias até o Brasil. Nas redes sociais, ambos registraram o alívio. “Foram dias de terror, sem dormir e com preocupação extrema”, escreveu Johnny Maycon, ainda dentro do avião.

Welberth também compartilhou uma foto ao lado da equipe, com uma legenda curta e simbólica: “Chegamos bem”.

Já o vereador carioca Flávio Valle (PSD), o chefe executivo do Civitas RJ, Davi de Mattos Carreiro, e o secretário de Ordem Pública de Niterói, coronel Gilson Chagas, seguiram um trajeto diferente. O grupo cruzou a fronteira rumo à Arábia Saudita, passou por Doha, no Catar, e finalmente embarcou para o Brasil, desembarcando no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A previsão é que eles cheguem ao Rio por volta das 14h30 desta quarta.

Missão interrompida

Os cinco integravam uma comitiva composta por mais de 20 prefeitos e representantes de diversas regiões do Brasil. A viagem técnica tinha como objetivo conhecer de perto soluções tecnológicas aplicadas à gestão urbana em Israel. No entanto, os planos foram interrompidos pela intensificação do conflito no Oriente Médio, que mobilizou sirenes, abrigos antibombas e a evacuação urgente de estrangeiros.

O clima de tensão aumentou nos últimos dias após ataques e ameaças entre Israel e o Irã, provocando uma mobilização global de embaixadas e autoridades.

Com a chegada ao Brasil, os representantes fluminenses devem agora relatar oficialmente a experiência, que serviu como alerta sobre os riscos em zonas de conflito, mesmo durante missões diplomáticas e técnicas.

Apesar da tensão, todos os integrantes do grupo passam bem.

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