Giovanni Quintella Bezerra, ex-médico anestesista preso em 2022 após ser flagrado estuprando uma mulher grávida durante o parto no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado. A sentença foi proferida pela 2ª Vara Criminal da cidade, na Baixada Fluminense.
A condenação se refere a dois casos de estupro de vulnerável cometidos contra pacientes sedadas durante procedimentos obstétricos. O tribunal também determinou que Bezerra pague R$ 50 mil de indenização por danos morais a cada uma das vítimas.
Durante o julgamento, o juiz negou o pedido da defesa para que o ex-anestesista recorresse em liberdade. Giovanni permanece detido no presídio Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
Além da condenação criminal, Bezerra teve seu registro profissional cassado definitivamente pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em dezembro de 2023. A decisão, tomada em Brasília, proíbe o ex-médico de exercer qualquer atividade ligada à medicina em todo o território nacional.
O caso ganhou ampla repercussão após uma equipe de enfermagem registrar em vídeo o crime cometido por Bezerra, o que levou à sua prisão em flagrante. A gravação foi essencial para que outras denúncias surgissem, revelando um padrão de abuso em diferentes atendimentos realizados por ele.
