Traficante “Professor do Alemão” morre baleado no Rio de Janeiro

O traficante Fhillip da Silva Gregório, de 37 anos, conhecido como Professor do Alemão, morreu baleado na noite deste domingo (1º) no Rio de Janeiro. Considerado uma das principais lideranças do Comando Vermelho, ele era apontado como responsável pelo transporte e aquisição de armas, drogas e munições para a quadrilha que atua no Complexo do Alemão, na Zona Norte da cidade.

Foragido desde 2018, “Professor” foi levado por volta das 21h30 para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Del Castilho, também na Zona Norte. De acordo com a Polícia Militar, no local estavam a mulher do traficante e seu advogado. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). A polícia informou que a amante de Fhillip entregou a arma que teria sido usada por ele durante o episódio que resultou na sua morte. Diligências estão em andamento para esclarecer as circunstâncias do caso.

Ascensão e fuga

Fhillip foi preso pela Polícia Federal em março de 2015, acusado de envolvimento com o tráfico internacional de drogas e armas, mantendo conexões no Paraguai, Peru, Bolívia e Colômbia. Condenado a 14 anos de prisão, ele cumpria pena no Instituto Penal Edgard Costa, mas, em setembro de 2018, recebeu o benefício da Visita Periódica ao Lar e não retornou ao presídio, tornando-se foragido da Justiça desde então.

Mesmo foragido, “Professor” continuou a atuar no comando do tráfico no Complexo do Alemão. Segundo informações do Disque Denúncia, ele foi identificado em confrontos com policiais da UPP Fazendinha, como no episódio registrado na Estrada Adhemar Bebiano em novembro de 2020.

Além do Alemão, o traficante mantinha uma base de operações em um sítio em Seropédica, na Baixada Fluminense, e tinha ramificações em Juiz de Fora, em Minas Gerais.

Histórico de crimes

Em 2022, Fhillip foi investigado por supostamente incentivar moradores a saquearem um supermercado em Inhaúma, na Zona Norte. Ele também era acusado de aplicar táticas semelhantes às de milícias, cobrando taxas de comerciantes em troca de “proteção”.

Neste ano, novas investigações da Polícia Federal revelaram uma relação direta entre “Professor” e policiais militares. Em mensagens interceptadas, o traficante orientava PMs sobre áreas de patrulhamento e dias de pagamento, além de buscar informações sobre a substituição de comandantes para manter o esquema de corrupção.

Com 65 anotações criminais, Fhillip da Silva Gregório era considerado um dos criminosos mais perigosos do Rio de Janeiro.

Investigação segue em andamento

A polícia ainda apura as circunstâncias exatas da morte do traficante. Até o momento, não há informações confirmadas sobre o local do tiroteio que levou Fhillip a ser levado baleado para a UPA.

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