Seis anos depois do incêndio no Ninho do Urubu, o Centro de Treinamento do Clube de Regatas do Flamengo, que matou 10 adolescentes e feriu três menores, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro pediu a condenação dos sete acusados pelo crime, que foi considerado culposo.
O incêndio aconteceu em fevereiro de 2019. Dois anos depois, o Ministério Público do Estado denunciou 11 pessoas pelo crime, mas quatro pedidos foram rejeitados pela Justiça e sete vão a julgamento.
Mais de 40 testemunhas foram ouvidas no processo, que tramitou por mais de três anos.
No parecer que pede a punição para os acusados, o MP diz que o conjunto de provas mostra a responsabilidade criminal dos denunciados que ocupavam cargos, com ingerência na administração do centro de treinamento.
Na denúncia, a promotoria escreveu que a tragédia no Ninho do Urubu poderia ter sido evitada.
O Centro de Treinamento do Flamengo estava em atividade, mesmo sem possuir alvará de funcionamento em razão da ausência do certificado de aprovação emitido pelo Corpo de Bombeiros.
O local já tinha sido interditado e autuado diversas vezes diante da clandestinidade em que operava.