Cidade do Vaticano, 7 de maio de 2025 — O primeiro dia do conclave para a escolha do novo papa terminou sem uma definição, como já era amplamente esperado. Reunidos na Capela Sistina, os 133 cardeais eleitores participaram da primeira rodada de votações nesta quarta-feira (7), após a missa solene Pro Eligendo Romano Pontifice, celebrada pela manhã na Basílica de São Pedro.
O início do conclave é sempre envolto em grande expectativa, mas a tradição e a história indicam que dificilmente um novo pontífice é eleito já na primeira votação. Nunca na história moderna da Igreja Católica um papa foi escolhido de imediato. Esta primeira rodada costuma ter um caráter mais simbólico, e muitos dos votos registrados neste momento refletem homenagens ou preferências pessoais, mais do que uma tentativa real de eleger um nome de consenso.
Para que um candidato seja eleito papa, é necessário que ele receba dois terços dos votos — no caso atual, pelo menos 89 entre os 133 cardeais presentes. Esse alto quórum tem o objetivo de garantir um líder que una a Igreja, com apoio amplo e inequívoco.
O ambiente dentro da Capela Sistina é de total isolamento. Os cardeais estão incomunicáveis com o mundo exterior, em um processo que reforça o caráter espiritual e solene da escolha do novo líder da Igreja. A fumaça preta que saiu da chaminé instalada no telhado da capela ao final da tarde sinalizou ao mundo que o conclave ainda não chegou a uma decisão.
A partir desta quinta-feira (8), os cardeais farão até quatro rodadas de votação por dia — duas pela manhã e duas à tarde — até que um novo papa seja eleito. Com isso, aumenta a expectativa global sobre quem será o sucessor de São Pedro, à frente de mais de 1,3 bilhão de católicos ao redor do mundo.
A praça de São Pedro permanece cercada por fiéis, jornalistas e curiosos, atentos à famosa fumaça que, um dia — não se sabe qual — subirá branca para anunciar: Habemus Papam.