Casarão desaba no Centro do Rio, deixando uma vítima fatal e causando destruição

Rio de Janeiro – A tragédia ocorreu nesta quinta-feira (20) na Rua Senador Pompeu, no Centro do Rio, quando um casarão de três andares desabou, resultando na morte de um homem. A vítima estava dentro de um veículo atingido pelos escombros do imóvel, localizado nas proximidades da Central do Brasil.

Segundo o Corpo de Bombeiros, acionado às 13h29, o casarão em questão apresentava sinais visíveis de abandono e má conservação, com imagens registradas em maio de 2024 apontando o estado precário da construção. Além do veículo da vítima, os escombros danificaram outros dois carros, derrubaram postes e levantaram grande quantidade de poeira, obrigando as autoridades a interditarem o local. Bombeiros permanecem em operação, inspecionando a área em busca de possíveis novas vítimas.

Nas redes sociais, um vídeo que circula mostra labaredas na região, mas até o momento, os Bombeiros negaram qualquer registro de incêndio, classificando o caso apenas como um desabamento. O Centro de Operações Rio informou a interdição da Rua Senador Pompeu, com apoio da CET-Rio, Guarda Municipal e Light.

Contexto e histórico de desabamentos na região

O episódio reflete um problema crônico do Centro do Rio: o abandono e a degradação de imóveis. Este é o segundo desabamento em menos de duas semanas. No dia 8 de março, parte de um casarão cedeu na Avenida Mem de Sá, perto da praça da Cruz Vermelha. Embora não tenha havido vítimas nesse caso, o imóvel estava interditado pela Defesa Civil e era frequentemente invadido por moradores em situação de rua.

Relatórios indicam que há pelo menos 160 imóveis abandonados ou em débito de IPTU na região central. A Prefeitura, em resposta à precariedade, iniciou um processo de arrecadação desses imóveis, amparada pelo decreto Nº 53.306. Até agora, dois imóveis foram incorporados ao patrimônio municipal, e outros cinco aguardam análise.

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano reforçou que a situação de abandono não apenas representa riscos à segurança pública, mas também limita o desenvolvimento urbano. Novos usos para as propriedades arrecadadas ainda estão em discussão.

Desafios à frente

O incidente desta quinta-feira evidencia a urgência de medidas efetivas para lidar com os riscos estruturais e a ocupação irregular de prédios abandonados. A sociedade e as autoridades permanecem em alerta para evitar que novas tragédias ocorram.

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